sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Fracos Volumes de Negociação

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Como é hábito, durante este período de Natal e Ano Novo, os investidores deixam os mercados financeiros para segundo plano, resultando numa quebra do volume de negociações. Numa semana em que a bolsa nacional apenas esteve aberta durante dois dias "e meio"( dia 24 a bolsa nacional encerrou as 13h), a apatia imperou durante as sessões, com a maioria dos títulos a não sofrer variações significativas durante a sessão. No dia 24 o volume de negócios por hora foi 7 vezes inferior a media de volume horário dos últimos 50 dias!
Alguns sinais que possam surgir, de alterações de tendência no curto prazo, ou mesmo as poucas noticias que aparecem na comunicação social sobre a economia ou empresas cotadas, não têm reflexo e validade nas cotações das empresas, devido à fraca transacção de títulos.
No dia 24, os Psi-20 abriu em alta, quebrando assim uma linha de tendência decrescente que vinha formando desde meados de Outubro. Esta quebra, devido ao fraco volume, fica com muito pouca validade, como sinal de entrada no índice nacional.

Assim é necessário ter atenção às notícias e sinais de entrada em títulos que possam surgir durante este período, que poderão não ter o resultado esperado.

sábado, 20 de dezembro de 2008

1º Aniversário

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O blog BolsaLisboa completa hoje um ano de existência. Durante este ano foram publicados 152 mensagens, com informação, artigos de opinião, passatempos e sondagens sobre a bolsa nacional. Também se deu inicio à carteira BolsaLisboa, com uma simulação virtual de transacções na bolsa nacional, tentando assim obter uma melhor rendibilidade que os índices nacionais e fundos de acções nacionais.
As visitas no blog tem aumentando progressivamente, registando um total de 4882 visitas durante o ultimo ano.
Para o próximo ano, o objectivo será aumentar a qualidade e quantidade das mensagens publicadas, conseguindo assim obter um maior numero de visitas no blog, e consequentemente uma maior interactividade entre os leitores e o blog.
Obrigado a todos!


sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Venda Portugal Telecom

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As 400 acções da PT, da carteira BolsaLisboa, foram hoje vendidas, ao preço de 6,11€. Esta venda aconteceu depois das quebra da linha de tendência ascendente, que foi referida no post da compra. Assim a causa de entrada no titulo deixou de ser válida, e como consequência foi fechada a posição.
O resultado geral deste negocio, foi uma perda de 0,8% na rentabilidade do titulo, e uma perda de 19,60€ do capital da carteira.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Prestes a arrancar?

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A bolsa nacional, com o aproximar do fim de ano, tem vindo a reduzir o seu volume de negócios e a volatilidade dos títulos. Mesmo com uma curta paragem da quedas, que poderia levar os investidores a novas entradas com a expectativa de o "fim" já ter passado e novos rumos virão, o volume de transacções mantém-se com valor reduzidos, abaixo da média dos últimos 50 dias. Este fenómeno faz com que qualquer subida/descida ou quebra, não seja absolutamente válida como uma mudança de tendência ou saída de uma zona de negociação. Com poucas acções a serem movimentadas, até um lote pequeno de títulos, poderá levar uma cotação a subir ou a descer, trazendo menor validade ao movimento, como acontece em algumas acções do Psi Geral.

O Psi-20 tem vindo a lateralizar no mês de Dezembro, entre os 6015 e 6330 pontos. No dia de hoje, o principal índice nacional, fechou nos 6274 pontos, tendo tocado durante a sessão nos 6310, muito próximo do topo do intervalo definido durante o mês de Dezembro. Também no dia de hoje o Psi-20 tocou na linha de tendência decrescente que vem formando desde o início de Outubro.
Todos estes sinais, dão mais importância ao dia de amanhã, que poderá indicar novas subidas no curto-prazo. Se o Psi-20 amanhã quebrar a barreira dos 6350 pontos, com volumes e uma forte pressão compradora, então teremos condições para novas subidas nos próximos dias, podendo mesmo fechar o mês de Dezembro positivo!
Como a bolsa nacional já vai na quinta sessão consecutiva de ganhos, contrariando outros mercados internacionais como os USA e o Japão, o cenário de quedas para os próximos dias terá maior probabilidade de acontecer, com o Psi-20 a não ter "força" para ultrapassar a linha de tendência e a zona de negociação no mês de Dezembro.

Nunca esquecer que este cenários apresentados são de curto-prazo, traduzindo pequenas variações nas cotações, durante alguns dias. A tendência do mercado no longo prazo continua a ser de quedas, e por isso os negócios efectuados devem de ser bastante vigiados para evitar perdas maiores. Para aqueles que não querem ter preocupações diárias com a bolsa, o melhor será mesmo esperar por melhores dias para investir.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Compra PT e Sonae Indústria

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A carteira BolsaLisboa foi actualizada com a compra de 400 acções da Portugal Telecom e 2000 acções da Sonae Indústria. As acções da PT foram adquiridas a 6,159€ e as acções da Sonae Indústria a 1,532€, perfazendo um total de 5527,60€.
Esta compra foi feita após o corte das taxas de juro por parte da FED em 75 pontos base, reduzindo assim para os 0,25%. Esta notícia poderá ser o catalisador para novas subidas nos mercados, durante os próximos dias, dando assim alegrias a muitos investidores nesta época de Natal. Tecnicamente a PT validou novamente uma linha de tendência crescente, que vem formando desde os fins de Outubro, ultrapassando mesmo a média móvel dos 20 e dos 50 dias. A Sonae Indústria reagiu bem ao suporte nos 1,50€, abrindo hoje em alta, quebrando assim um ciclo de 3 sessões de aberturas e fechos entre os 1,51€ e 1,53€.
Com a instabilidade que tem ocorrido nos mercados financeiros, os stops colocados são apertados, de forma a minimizar perdas. Desta forma as posições poderão ser fechadas já amanhã, se o dia não for favorável.
A PT fechou hoje nos 6,28€ e a Sonae Indústria nos 1,55€.


Movimentos da Carteira BolsaLisboa

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Será o mês de Dezembro positivo para o Psi-20?

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Esta foi a sondagem efectuada aos leitores do blog, durante a passada semana, onde foram obtidos os seguintes resultados:


O sentimento negativo continua a predominar no mercado nacional, com a maioria dos participantes a acreditar em mais quedas no Psi-20 para o mês de Dezembro. Apesar do mês de Dezembro estar a ser marcado por lateralização na bolsa nacional, com o Psi-20 a perder menos de 4% e muitos analistas a apontarem uma correcção positiva até ao fim do ano, o volume negociado tem sido muito baixo, deixando prever movimentos pouco consistentes, não influenciando a tendência geral do mercado durante os próximos dias.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Santander, onde comprar

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O banco Santander foi criado no século XIX, na cidade que lhe deu o nome, em Espanha. A partir daí o banco nunca parou de crescer, tendo passado de um banco regional, para um banco nacional e nos dias de hoje é já um dos maiores 10 bancos mundiais. Em Portugal o banco tem o nome de Santander Totta, por resultar de uma fusão entre o Banco Santander, o Banco Totta & Açores e o Crédito Perdial Português.

Com a globalização do banco, torna-se possível adquirir acções deste em diversas praças mundiais. Mas o que faz um investidor adquirir acções do banco Santander fora de Portugal?
Podemos adquirir acções do banco Santander em praticamente todos os países onde este possui uma grande implementação, como Chile, Colômbia, Argentina, México, Brasil, Holanda, Alemanha, Itália, Portugal e claro Espanha.
As acções do banco negociadas no Psi Geral em Portugal, não mostram interesse ao investidor normal, em muito devido ao fraco volume de títulos transaccionados por dia, numa média de 20000 títulos (aproximadamente 135000€). A fraca visibilidade que o índice Psi Geral tem no mercado Português, e o facto de a nossa bolsa ser muita pequena em comparação com as principais bolsas Europeias, também leva os investidores para outros mercados.
A grande vantagem de adquirir o título na bolsa Portuguesa, é conseguir assim um mais fácil acompanhamento do mesmo, ao nível da informação disponibilizada em Portugal. Mas mesmo essa informação é muito escassa, resultando numa vantagem quase nula. As menores comissões que os bancos disponibilizam a negócios realizados com acções da praça Portuguesa, também é outro dos aliciantes a comprar por cá.
Mas analisando as acções do Santander do outro lado da fronteira, a diferença pode ser uma mais valia. Cotadas no IBEX35, as acções do banco negoceiam com um volume que em nada tem a ver com o volume em Portugal. A média superior a 90 milhões de acções transaccionadas ( mais de 600 milhões de euros), assegura a liquidez do mercados, não dando qualquer tipo de problemas aos investidores na hora de comprar ou vender. A forte visibilidade que o banco tem na bolsa Espanhola, faz com que a maioria das notícias, e dados que se encontram sobre o Santander em bolsa, sejam da praça vizinha.
Também a prestação do banco na bolsa Espanhola tem sido melhor que na bolsa Portuguesa. No ultimo ano as acções do Santander cotadas no IBEX35 perderam 48,28%, enquanto que cotadas no Psi Geral perderam 49,13%. Uma das causas poderá ser o índice espanhol "apenas" ter desvalorizado cerca de 40% no último ano, face a 50% do Psi Geral. No dia de hoje o cenário foi semelhante, com o banco a valorizar 0,15% na praça Espanhola, ficando-se em Portugal por uns -1,03%.

Tecnicamente o Santander apresenta um cenário semelhante tanto em Portugal como em Espanha, estando no fim da segunda semana de correcção, das fortes quedas que tem registado nos últimos meses. Apesar de ter subido mais de 15% nas ultimas duas semanas, neste momento a cotação do Banco poderá estar sobre uma resistência nos 6,92€, que poderá ditar o fim da subida e a continuação da tendência de médio/longo prazo de queda.

- Cotações do Santander no IBEX35

- Cotações do Santander no Psi Geral

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

8º Mês da Carteira BolsaLisboa

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Este foi um mês com rentabilidade negativa para a carteira BolsaLisboa. Com dois negócios realizados, um positivo e outro negativo, a carteira desvalorizou 0,46%, estando agora com um ganho acumulado de 4,97%.
Com a instabilidade e volatilidade que impera no mercado, os negócios da carteira apenas iram surgir quando houver sinais de recuperação, ou alguma correcção mais prolongada. Neste momento a relação risco/ganhos não é favorável para novas entradas, o que não quer dizer que não se consiga ganhos com estas, ou que os índices nacionais não iram subir, mas sim que o risco que se corre em comprar acções no mercado nacional é demasiado elevado para os ganhos que se podem obter com essas mesmas compras.
Neste 8º mês da carteira, o Psi20 desvalorizou 6,61% e o Psi Geral 7,31%.




NOTA: Alguns dados publicados no "7ºMês da Carteira BolsaLisboa" não estavam correctos, mas já se encontram corrigidos neste post.

Movimentos Carteira BolsaLisboa

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Preços-Alvo

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Deixo aqui os preços-alvo recomendados pelos analistas durante a semana passada:

Empresa Preço-alvo Recomendação Entidade Analista Data
EDP 3,55 € Neutral Credit Suisse
4-12-08
PT 6,00 € Underweight JPMorgan
4-12-08
Jerónimo Martins 4,50 € Comprar Lisbon Brokers
4-12-08
Galp Energia 12,00 € Overweight JPMorgan
3-12-08
Impresa 1,30 € Comprar Millennium BCPi João Flores 3-12-08
Cimpor 3,30 € Vender UBS
3-12-08
SAG Gest 3,00 € Comprar BPI
3-12-08
PT 6,50 € Comprar Lisbon Brokers
2-12-08
Sonae Industria 3,10 € Comprar Caixa BI Carlos Jesus 1-12-08
EDP 3,20 € Equal-Weight Morgan Stanley
1-12-08
Altri 6,05 € Comprar Millennium BCPi João Mateus 1-12-08
Mota-Engil 4,60 € Comprar Santander
1-12-08
Galp Energia 9,60 € Comprar BPI
1-12-08

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Brisa

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A Brisa tem sido mais uma das empresas Portuguesas penalizada pela crise económica.
Nos primeiros 9 meses do ano, os lucros da Brisa caíram 22,8%, em relação ao período homologo. Esta quebra deveu-se sobretudo ao aumento dos custos de financiamento de divida, que se fizeram sentir devido às elevadas taxas de crédito que têm sido praticadas desde o inicio do ano, resultando numa redução do investimento, por parte da empresa, até ao fim do ano.
Apesar do numero de veículos a circular nas auto-estradas da rede, ter diminuído 3,5% nos primeiros 9 meses do ano, a receitas de portagens aumentaram 2,3%. A via verde conta já com um elevado número de adesões, contribuindo com 62% do pagamento total de portagens, e perspectivas de crescimento elevadas. (No fim do texto poderá encontrar um link para os resultados dos primeiros 9 meses do ano da Brisa, onde inclui a variação de tráfego em cada auto-estrada do grupo.)
As perspectivas para a Brisa não se tornam animadoras, quando esta é uma das empresa que sente directamente os efeitos da crise. Deixar o carro em casa torna-se assim uma opção para muitos Portugueses, poupando em portagens e combustível, contribuindo para um aumento do tráfego nas estradas nacionais e da utilização dos transportes públicos. As fortes quedas que se tem verificado no preço do petróleo, com a consequente diminuição do preço dos combustíveis, podem dar outro fôlego à empresa liderada por Vasco de Mello trazendo assim mais tráfego às auto-estradas do grupo.
Os analistas não estão unânimes quanto ao que fazer às acções do grupo, com 7 a recomendar a compra, 7 a recomendar a manutenção e 5 a recomendar a venda. Todos os preços alvo se situam acima da cotação de fecho de hoje (5,815€), entre o intervalo de 6,80€ a 14,50€, com a média a ficar-se nos 9,57€.
A Brisa apresenta um PER de 15,37 e uma taxa de dividendo de 5,37%, com a próxima distribuição de dividendo a ser no mês de Abril, como tem sido hábito.

Técnicamente a Brisa apresenta um suporte relevante no 5,54€, suporte esse que já foi testado com sucesso três vezes, com uma delas a ser no dia de hoje. A cotação reagiu bem ao suporte fechando bem acima do mesmo, dando um bom sinal para o dia de amanhã. No longo prazo, a tendência da Brisa continua a ser de descida, e por isso desaconselho uma entrada longa no papel com vista ao médio/longo prazo.


Resultados - 9 Meses de 2008

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Resumo do dia

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Hoje foi um dia positivo para a maioria das bolsas mundiais, com excepção no nosso Psi20. Após uma inversão do lado negativo para o lado positivo, durante a sessão de hoje, nos principais índices Europeus, o Psi20 manteve-se do lado negativo, encerrando a sessão a perder 0,68%.
A liderar os ganhos no dia de hoje estiveram o Banco Santander, o Sporting e a Zon Multimédia, com ganhos respectivamente de 7,06%, 4,23% e 3,40%. Pela negativa estiveram a Soares da Costa e a Brisa, liderando as perdas, respectivamente com -3,23% e -4,01%.
Na Europa o IBEX35 de Espanha liderou os ganhos, com uma valorização de 3,81%, com os principais índices a valorizar mais de 1%. O sector dos materiais esteve em queda no dia de hoje, sendo o único sector a perder na Europa, contrariando assim o sector da indústria e do comércio que subiram quase 3%.
Nos EUA, todos os principais índices fecharam a valorizar mais de 3%, tendo o sector financeiro liderado os ganhos, com uma forte recuperação por parte do Citigroup valorizando mais de 10%.

Fim da crise só para 2013

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É isto que defende Sérgio Domingues, licenciado em Finanças, que publicou um livro em 2003, na qual já previa a actual crise económica.
Segundo ele o ano de 2008 será o início da fase descendente do ciclo económico que começou em 2004, com o ano de 2009 a ser o epicentro da crise trazendo o pânico financeiro, com consequências nos 4 anos seguintes para a economia real. Com previsões ainda mais longas, o empresário de profissão diz que a pior crise, após os anos "negros" do fim da década de 20 e inicio da década de 30 do século passado, irá ocorrer no ano de 2037.

A confiança em previsões deste género é sempre discutível, baseadas sobretudo em "estudos dos ciclos de crise e prosperidade do passado na economia mundial". São muito os factores que podem levar ao desencadear de uma crise ou de uma bolha, mas conseguir controla-los ou estimá-los é uma operação de todo impossível, muito devido à grande incógnita que é o mercado. Todos os dias surgem novos factores que podem levar a novas reacções no mercado, reacções essas nunca antes experimentadas pelo mesmo.
Acredito apenas nestas previsões como a opinião de mais um investidor, que até conseguiu ter êxito na sua primeira tentativa de "adivinhação"!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Resumo do dia

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Depois do índice Japonês Nikkei 225, ter fechado a perder mais de 7% na sessão de hoje, já era de esperar uma má performance por parte da bolsa Portuguesa no dia de hoje. Apesar disso o índice Psi20 abriu em alta, em linha com as maiores praças Europeias.
Durante o inicio da sessão a bolsa nacional esteve a descer, tendo depois estabilizado até à abertura do mercado Norte-Americano. Com a noticia da actividade industrial nos EUA ter recuado ao ritmo mais elevado dos últimos 26 anos, a bolsa Norte-Americana abriu em forte-queda, tendo pressionado os mercados europeus e a bolsa nacional, levando o Psi20 a cair mais durante a tarde, fechando com uma desvalorização de -1,40%, depois de ter estado a cair mais de 2%.
As únicas cotadas que fecharam em terreno positivo foram o BCP, Semapa, e Brisa, com ganhos respectivamente de 1,37%, 1,24% e 0,15%. A pressionar a bolsa nacional esteve a Galp e a Teixeira Duarte, com perdas respectivamente de -5,64% e -4,88%, com a Galp a ter tocado nos -8% de desvalorização, apesar do petróleo estar em queda de mais de 9%.

Na Europa as quedas foram bastante superiores às da bolsa Portuguesa, tendo a praça de Amesterdão liderado as perdas, com o AEX a perder -6,75%, França com o CAC40 a perder -5,59%, e o IBEX35 de Espanha a perder 4,49%.A esta hora o S&P500 desvaloriza mais de 5,5%.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O problema da Volatilidade

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Com o instalar de um clima de insegurança nos mercados financeiros, devido aos problemas que surgiram no sector do imobiliário e da banca, as cotações tem registado fortes variações durante o "intraday". Estas variações são a consequência da falta de confiança que domina a maioria dos investidores, não querendo assumir posições de médio-longo prazo, preferindo assim as posições de curto-prazo ou muito curto-prazo.
Esta volatilidade criada durante a sessão, faz com que em muitos casos as acções caiam 5% em poucos minutos, relembrando assim os investidores das fortes quedas que ocorreram à poucas semanas. Como consequência, os "stops" criados para segurança dos investidores são activados, levando assim à perda das posições que em muitos casos acabam a sessão com ganhos. Este foi o caso que aconteceu com a posição aberta com a Brisa, no inicio da semana, pela carteira BolsaLisboa.
Mas a partir desta volatilidade também se consegue obter mais-valias. Quando as variações durante o dia se tornam muito grandes, abre-se a possibilidade de em apenas um dia, conseguir obter valorizações superiores a 5%.

O VIX é um indicador que foi criado para medir o "sentimento" do mercado, através da volatilidade implícita existente. Este indicador, baseado num conjunto de títulos muito líquidos do mercado Americano, consegue atribuir um nível ao optimismo ou pessimismo instalado nos investidores.
Como as inversões de tendência dos mercados ocorrem em alturas onde existe muito optimismo ou muito pessimismo, o índice VIX torna-se um bom auxiliar para conseguir detectar essas mesmas inversões, conseguindo quantificar o "sentimento" do mercado, e assim estabelecer comparações com outros momentos.
Quando o VIX está em alta, ultrapassando os 40 a 50 pontos, o mercado encontra-se com excesso de optimismo ou de pessimismo, dando uma indicação de possível inversão de tendência quando o máximo for atingido. Mas como a determinação desse máximo torna-se tão difícil quanto a determinação do máximo de uma acção, o indicador torna-se apenas uma ferramenta auxiliar de análise do investidor.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Irá mais algum banco Português ser salvo pelo governo?

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Após sondagem realizada no blog, os resultados foram os seguintes:

Apesar da sondagem não ser conclusiva, devido ao diminuto número de participantes, conclui-se que a maioria dos leitores do blog não acredita na intervenção do governo, na salvação de bancos Portugueses em dificuldades financeiras.
Após a nacionalização do BPN, Teixeira dos Santos admitiu que este tipo de acções vai agravar o défice público, tendo que ser limitada para entidades bancárias que ofereçam risco de "contaminação" para o resto do sector. Estas afirmações foram demonstradas no recente caso do BPP, na qual o Banco de Portugal não irá apoiar o Banco financeiramente, deixando-o assim destinado à falência ou à aquisição por parte de outro Banco.
Assim sendo, o governo só irá intervir novamente, no caso de dificuldades por parte de algum banco que "financie a economia real".

Venda Brisa

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As acções da Brisa, que faziam parte da carteira BolsaLisboa, foram vendidas ao preço unitário de 5,51€. Esta venda ocorreu após a cotação ter ultrapassado o "stop-loss" colocado a 5,515€, uma cotação inferior ao suporte nos 5,56€. Durante a sessão de hoje as acções da Brisa chegaram mesmo a atingir os 5,352€.
Com toda a volatilidade, que tem ocorrido nos mercados financeiros, torna-se muito difícil controlar as posições abertas, e assim controlar o risco a que se está sujeito. Os "stops" colocados são muitas vezes activados durante poucos minutos, para depois a cotação prosseguir acima do "stop".
Neste caso, as acções da Brisa, não deram sinais de recuperação no curto-prazo, fechando hoje abaixo do suporte dos 5,56€, e consequentemente não deveriam ser mantidas em carteira.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Compra Brisa

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A carteira BolsaLisboa foi actualizada com a compra de 500 acções da Brisa, ao preço unitário de 5,66€. Após um dia em que o PSI20 subiu mais de 4% e o IBEX35, de Espanha, mais de 8%, as acções da Brisa estiveram muito apagadas, com fracos volumes, e uma valorização nula.
Esta compra foi efectuada após a formação de um suporte nos 5,54€, o qual foi testado também no dia de hoje. Este teste revelou pouca "força" por parte das acções da Brisa, para o caso de uma semana de subidas no índice nacional.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Resumo da Semana

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Esta foi mais uma semana marcada pelas quedas na bolsa nacional. O Psi20 caiu 10,35%, e o Psi Geral 7,36%.
Dentro do Psi20 os maiores destaques pela negativa vão para as acções do BES, Galp e Teixeira Duarte, com perdas respectivamente de 16,90%, 16,00% e 14,71%.
O BES, tal como outros bancos nacionais, poderá ter que usar as ajudas do estado, para conseguir ultrapassar o rácio de solvabilidade mínimo exigido pelo Banco de Portugal, o que provocou um corte nas recomendações da UBS de "comprar" para "Neutral".
Com menores perdas, durante a semana, esteve a Semapa, Portucel e Zon Multimédia, com quedas respectivamente de 1,83%, 4,08%, 5,49%.
A Portucel durante a semana procedeu a uma nova aquisição de acções próprias, detendo agora 1,45% do capital social da empresa, o que dá uma maior confiança aos accionistas sobre a situação financeira da empresa.
A fusão entre a Zon e Sonaecom, voltou a ser falada durante a semana, tendo sido encarada como um cenário possível e positivo para ambas a empresas, por diversas entidades. A Zon Multimédia também se colocou como um principal concorrente para a licença do 5º canal de televisão. Apesar disso a JPMorgan cortou o preço-alvo da empresa em 38% para os 4,40€.

Hoje o S&P500 fechou a subir 6,32%, o que poderá ser um bom indicativo para a abertura da bolsa nacional na próxima segunda-feira.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Gráficos

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Coloco aqui alguns gráficos das cotações de algumas empresas cotadas do Psi-20, desde 1998, ou no caso de entradas mais recentes em bolsa, desde a sua entrada.

Altri:

BCP:
BPI:
Brisa:
EDP:
Galp:
Sonae SGPS:
Sonaecom:

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Após fusão, a tendência continua a mesma

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Durante o ano de 2008, ocorreu uma fusão entre a Pararede, liderada por Pedro Rebelo Pinto, e a Consiste. Como resultado desta fusão, todos os produtos e serviços resultantes, serão identificados pela marca Glintt ( Global Intelligent Technologies).
A Pararede é uma empresa do ramo das tecnologias e sistemas de informação, sendo, dentro do ramo, uma das maiores empresas a operar em Portugal. A Consiste é uma empresa que opera em diversas áreas, como a distribuição, produção e manutenção, sendo os seus principais projectos nos sectores da banca, industria farmacêutica, química, alimentação e bebidas, electrónica, comunicações, automóvel. têxtil e metalomecânica. A Farminveste, empresa da Associação Nacional de Farmácias, detém 80% do capital da Consiste.

A Pararede entrou em bolsa no ano de 1999, em plena criação da bolha em torno das empresas tecnológicas. As acções no primeiro dia de negociação subiram 21%, desde os 8,5€ a que foram colocadas inicialmente, e as perspectivas para a empresa eram animadoras. Mas a partir do ano 2000, com o rebentar da "bolha tecnólogica", a cotação da Parede não parou de descer até ao fim do ano de 2002, tendo caído mais de 98%, para os 0,15€. Desde esses anos, as cotações da empresa mantiveram-se na ordem dos cêntimos, e os lucros da empresa tardavam a aparecer.

A fusão entre a Pararede e a Consiste, apresentou uma grande complementaridade para as duas empresas, com o reforço da presença e capacidade em diversos sectores de actuação, aumentando assim a sua cobertura no território nacional.
No ano de 2007, as duas empresas apresentaram facturações bastante próximas, com a Pararede a atingir os 58 milhões de euros, e a Consiste os 69 milhões de euros.
A Glintt, durante os primeiros 9 meses de 2008 apresentou um crescimento no resultado líquido de 284%, mantendo assim todas as suas metas de crescimento, apesar da crise que os mercados atravessam.

Não foi a fusão, nem mesmo o anúncio dos bons resultados por parte da empresa, que animaram as suas cotações em bolsa. Desde 8 de Agosto de 2008, data a partir da qual a empresa passou a ser cotada como Glintt, as cotações da empresa já caíram 50%, queda superior à dos índices que acompanham as acções nacionais ( Psi-20 e Psi Geral), em igual período de tempo. A fusão da empresa surgiu num momento de quedas nos mercados, e incerteza quando ao futuro dos mesmos, o que penalizou o seu desempenho na bolsa nacional.
A tendência da Glintt, tanto no curto como longo-prazo, é de continuação das quedas, com o acompanhamento dos mercados internacionais. A cotação da empresa fechou hoje nos 0,69€, com uma queda de 4,17%.


www.pararede.com

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Curta análise ao Psi-20

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As últimas semana têm sido marcadas por algumas correcções nas bolsas Europeias. Após fortes quedas, desencadeadas pela crise que se vive no sector da banca, que levaram o Psi-20 da casa dos 8000 pontos até aos 6000 pontos, os mercados entraram em correcção das quedas com subidas superiores a 20% no Psi-20. Esta subida levou algumas empresas, do índice nacional, a registarem valorizações superiores a 30%, contribuindo assim para um aumento da confiança por parte dos investidores.
O anúncio dos resultados do 3º trimestre de 2008 tem reflectido a crise internacional que se vive, com a maioria das empresas cotadas na bolsa nacional a apresentar quedas nos lucros, face a período homólogo do ano anterior. Este tem sido mais um factor que leva os investidores a não acreditar na subida das bolsas no curto-prazo.
Analisando um gráfico de longo-prazo do Psi-20, a única referência que podemos encontrar num futuro próximo, se os mercados continuarem a sua tendência decrescente, será o mínimo do ano de 2002 de 4937 pontos, originado pela bolha criada em torno das empresas tecnológicas. Apesar de este valor não ter validade como suporte, por se encontrar afastado de mais de 5 anos, caso seja ultrapassado estaremos em mínimos dos últimos 11 anos!
No curto-prazo, o Psi-20 tem-se mantido entre os 5660 e os 7485 pontos. Uma quebra do intervalo considerado pela negativa, irá desencadear novos mínimos relativos, reforçando a tendência de quedas no longo-prazo. Uma quebra do intervalo pelo lado positivo, não será sinal de recuperação, mas apenas de criação de novos máximos relativos. Apenas com a quebra da resistência nos 8900 pontos, o Psi-20 dará sinais de inversão de tendência, com o possível inicio de uma nova fase de subida nos mercados financeiros.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Jogo da Bolsa 2008

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O Jornal de Negócios em parceria com o Banco Carregosa/Gobulling lançaram um jogo de bolsa. Este jogo já tem sido realizado anualmente desde 2005, permitindo a negociação em tempo real. Neste passatempo são negociadas acções, CFD's, ETFs, taxas de câmbio e índices.
Tudo isto é possível através da plataforma disponibilizada pela Gobulling. O passatempo decorre entre os dias 17 de Novembro e 12 de Dezembro, com as inscrições a terminam dia 14 de Novembro, às 16 horas.

Inscrição no Jogo de Bolsa 2008

terça-feira, 11 de novembro de 2008

7º Mês da Carteira BolsaLisboa

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No passado domingo, a carteira BolsaLisboa completou 7 meses de existência.
Como tem sido hábito, devido à tendência dos mercados bolsistas mundiais, não foi realizado nenhum negócio. Como consequência, a rentabilidade da carteira ficou nula no passado mês.
O Psi-20 obteve, nos últimos 30 dias uma desvalorização de 1,31%, enquanto o Psi-Geral conseguiu ficar em terreno positivo, com um ganho de 0,9%.




Movimentos da Carteira BolsaLisboa

Venda Semapa

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As 300 acções adquiridas ontem para a carteira BolsaLisboa, foram hoje vendidas ao preço unitário de 6,67€.
As acções foram vendidas devido à abertura de hoje de 6,58€, que não deu segurança quanto à tendência do dia. Após a sessão de hoje, e analisando a situação, a venda foi feita apenas com base no receio de um novo dia negro da bolsa nacional, o que se traduz pela baixa rentabilidade do trade. Com este negócio foi obtido uma mais valia de 27€, que corresponde a uma rentabilidade de 1,37%.

Movimentos da Carteira BolsaLisboa

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Compra Semapa

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A carteira BolsaLisboa foi actualizada com a compra de 300 acções da Semapa, pelo preço unitário de 6,58€ .
Mesmo com o anúncio de uma queda dos lucros, nos primeiros 9 meses do ano, de 10,55% face a igual período de 2007, a empresa ainda poderá testar a resistência, de curto prazo,dos 7,15€.
Nesta situação, caso a cotação ultrapasse os 2% para o lado negativo, será dada ordem de venda, devido à grande instabilidade que se tem vivido nos mercados financeiros. Observando o comportamento das acções da Semapa nas últimas semanas, esta tem-se revelado como acção de refúgio sendo as suas variações muito pequenas face às suas "companheiras" do Psi20, o que a torna um investimento de menor risco dentro das acções da bolsa nacional.

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Analistas muito optimistas

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Com o desenrolar da crise financeira mundial, todas as semanas surgem notas de research de analistas financeiros a anunciarem um grande potencial de valorização para a empresa X. Através destas notas, muitos investidores regulam as suas compras ou vendas nos mercados financeiros, colocado assim grande responsabilidade sobre os analistas financeiros.
Mas o que se pode constatar, é que as quedas nas bolsas continuam e a grande maioria dos preços-alvo lançados são de compra ou mesmo forte compra, atribuindo grande potencial de valorização às empresas. O potencial e valorização médio dado pelos analistas que acompanham empresas do Psi20 é de 104%, com a Impresa e a Sonae SGPS a terem o maior potencial, respectivamente de 177% e 176%.
Estas notas de investimento lançadas por parte das casas de investimento, e elaboradas pelos analistas financeiros revelam uma certa falta de transparência. Com a diferença que surge entre os preços lançados e os preços transaccionados, poderá sempre ocorrer a suspeita de interesses por parte de das casas de investimento, principalmente porque não são reveladas as suas participações nas diversas empresas cotadas, ao público.
Segundo a revista
Carteira a 3 melhores casas de investimento nas suas análises às cotas nacionais, foram a JPMorgan, ING e Deutsche Bank com um retorno médio das recomendações efectuadas respectivamente de 38,80%, 16,77% e 15,42%. Estes valores foram obtidos recorrendo a dados dos anos de 2005 a 2008, e só assim se consegue explicar os resultados positivos, com os anos de 2005, 2006 e metade de 2007 a serem de subida na bolsa Portuguesa.

Os preços-alvo não deveram servir de "estratégia" de investimento, porque nunca se sabe os interesses envolvidos por detrás destas notas de investimento. Deverão ser apenas mais um dado na elaboração da análise fundamental de uma empresa.

(alguns dados foram obtidos da noticia, sobre o tema, publicada hoje no Jornal de Negócios)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

3 dias = -6%

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Esta têm sido mais uma semana em linha com as semana anteriores, com a tendência em todos os horizontes temporais a ser de quedas.
A semana começou a ganhar ligeiramente, com muitos investidores a acreditar numa correcção positiva da bolsa Portuguesa durante a semana. Mas logo no segundo dia os mercados voltaram ao vermelho, definindo novamente a tendência. No final do dia de hoje o Psi20 já apresentava uma perda semanal de 5,93%, a qual poderá ainda ser agravada se os mínimos da semana passada forem atingidos.
A grande volatilidade, que se tem registado nestes últimos dias de negociação, com grandes "altos e baixos" durante o
intraday, têm dificultado a análise dos investidores que apenas prendem investir no curto-prazo, trazendo como consequência uma diminuição de volumes de acções transaccionadas.
Continuo a não aconselhar a entrada neste momento em acções nacionais, até que ocorram sinais de mudança.


Gráfico do Psi20 nos últimos 3 meses

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Para quando o fim das quedas na bolsa Portuguesa?

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Após a sondagem efectuada aos leitores do blog, os resultados foram os seguintes:

A maioria dos leitores acredita no fim das quedas, na bolsa Portuguesa, até ao fim do ano, com 24% dos votantes a serem ainda mais optimistas, colocando a recuperação a começar já durante este mês de Outubro.
Após uma semana onde as bolsas mundiais desvalorizaram em média na casa dos 20%, e após uma desvalorização superior a 50% no Psi20 durante o último ano, são muitos os investidores que não vêem mais espaço para quedas. Com as noticias que nos últimos dias são comunicadas sobre injecções de capital no sistema financeiro, descidas de juros, abrandamento do crescimento económico e entrada em recessão de alguns países, muitos analistas referem que o fundo na economia está prestes a ser atingido. Como a bolsa em geral antecipa a economia nacional e mundial, pode ser já nos próximos dias ou semanas que as subidas regressem.

Cerca de 20% dos participantes na sondagem estão pessimistas em relação ao futuro, só vendo novas subidas nas bolsas depois de 2010.
Esta crise que começou no crédito hipotecário e alastrou para a banca, poderá ainda atingir outros sectores de actividade também bastante próximos das populações. Neste caso o fundo ainda poderá estar longe de acontecer, resultando em agravamentos pela negativa nos crescimentos económicos estimados, diminuição do poder de compra com consequente diminuição do consumo, e aumento do desemprego.
Quando ocorre uma crise, esta desenrola-se até o sistema estar "esgotado", isto é até o interesse por parte dos investidores pelos mercados financeiros atingir valores mínimos. Quando isto acontece ocorre um período de lateralização ou possível subida pouco acentuada, onde os volumes de acções transaccionados estão em níveis baixos. Este tipo de período demora algum tempo (várias semanas ou vários meses) até ser detectado. Este é um dos cenários possíveis onde pode ocorrer a inversão de tendência de longo prazo, com as subidas e os volumes a serem cada vez maiores à medida que os investidores ganham de novo interesse pela realização de aplicações nos mercados financeiros.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Email - Petróleo/Gasóleo

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Durante a semana passada foi-me enviado um email , que continha uma tabela comparativa entre o preço do petróleo e o preço do gasóleo. Esse email continha alguns erros, os quais eu pesquisei pela informação correcta, e apresento-a aqui.

O mail que me foi enviado foi este:



Deixo aqui algumas correcções:

ANO 2000

No ano 2000 o Dolar/Euro andou apenas alguns dias perto do 1,2, e foram os valores extremos do ano, isto é os máximos! Estes máximos foram feitos entre a semana de 15 e 22 de Outub
ro (não consegui arranjar informação diária sobre as cotações, apenas semanal), tendo durante este período oscilado entre os 1,16 e 1,22. Durante este período o light crude variou entre os 32,4$ e os 34,8$(38,88€ e os 41,76€), muito longe dos 60$ referidos no mail. Só para ter uma ideia geral do que se passou no ano 2000 com o petróleo o valor máximo do ano foi de 37,8$ e o mínimo de 24,25$, com uma volatilidade muito baixa. Mas o valor de referência para Portugal é o do Brent que durante esse período variou entre os 30$ e 31$, (36€ a 37,2€)( sem muita precisão devido à falta de dados). Durante o mês de Outubro de 2000, a média do preço do gasóleo rodoviário foi de 0,623€ com todas as taxas incluídas.

ANO 2008

No dia 2 de Outubro de 2008 o Dolar/Euro variou entre os 0,7135 e os 0,7274. Vou considerar o valor que torna o resultado pior para as gasolineiras (tal como todos têm feito ao longo dos últimos dias), que é 0,7135. Neste mesmo dia o light crude variou entre os 100,375$ e os 93,550$(71,618€ e os 66,748€). O Brent que no serve de referência variou entre os 76€ e os 78€( valores aproximados devido à falta de dados). O preço do gasóleo rodoviário vou considerar o especificado no mail(1,26€), porque não tenho dados sobre o preço do gasóleo naquele especifico dia. A subida do preço do petróleo entre 2000 e 2008 foi de +104,3% ( considerando o preço mais alto referido no ano 2000 e o preço mais baixo referido no ano 2008, sempre a posição mais desfavorável para as gasolineiras), e não de -10,28% como era referido no mail. A subida do preço do gasóleo rodoviário entre 2000 e 2008 foi de +102,25%( considerando o valor 0,623 no ano 2000 e o valor 1,26 no ano 2008), e não 193,86% como era referido no mail( apesar de no mail ter sido feito um
erro no calculo, porque com os valores referidos a valorização é inferior a 100%). Mas esta valorização tem impostos incluídos, o que é um erro considerar. No ano 2000 a carga fiscal sobre o gasóleo era de 54% do preço final( 0,246€ de ISP e 17% de IVA), enquanto que no ano 2008 a carga fiscal diminuiu para 45,6% do preço final (0,364 de ISP e 20% de IVA). Com os valores sem impostos do gasóleo comercial ( 0,286€ em 2000 e 0,686€ em 2008) a valorização do gasóleo passa para 140,0%!

Concluindo:
Entre os anos de 2000 e 2008, considerando os valores mais negativos para as gasolineiras, o petróleo subiu 102,25% e o gasóleo rodoviário subiu 140,0%. Considerando uma taxa de inflação média anual de 2,5%, ao fim de 8 anos teríamos um aumento de 20% nos preços. Fazendo contas, o gasóleo rodoviário está 17,75% mais caro do que "deveria" estar, considerando apenas estes poucos factores.

Deixo também aqui um gráfico interessante de se analisar( elaborado por Marco António- Administrador do Fórum Caldeirão de Bolsa)


Este email é apenas um dos muitos exemplos de falsa informação que correm por Portugal, muito por culpa da falta de qualidade nas notícias publicadas pelos meios de comunicação social, onde se esconde ou ignora alguns factos para criar um determinado impacto na população.