Semana Positiva no Psi-20

Esta foi uma semana em que o índice Psi-20 subiu quase 5%. As últimas 6 sessões na bolsa nacional foram todas positivas, fazendo assim desta semana a melhor dos últimos 4 meses.
Depois de uma descida durante os meses de Janeiro e Fevereiro que assustou muitos investidores, a bolsa nacional tem vindo a subir gradualmente, deixando mais longe os mínimos realizados no início de Fevereiro. O índice tem apresentado consecutivos máximos e mínimos relativos superiores aos anteriores, deixando assim para trás uma tendência de curto-prazo de descida para o início de uma nova subida no mesmo prazo.
No médio e longo prazo a cotação do Psi-20 não permite um perfeito esclarecimento sobre a tendência dominante.

A recente subida no Psi-20 começou depois da chegada à zona de suporte nos 7350 pontos que cumpriu a sua função de suporte e impulsionou o índice para um novo movimento de alta. A subida continuou até à sessão de hoje onde uma valorização superior a 2% marcou a quebra da primeira zona de resistência no seu percurso ascendente, nos 7900 pontos.
Para já a tendência de curto-prazo é de alta, mas é necessário uma especial atenção à zona entre os 8000 e 8050 pontos que corresponde ao mínimo relativo feito na formação de um duplo topo entre os meses de Outubro e Janeiro passado. Esta zona poderá levar o índice novamente para um movimento descendente.

Má Estreia para a Inapa

A Inapa não entrou da melhor maneira no Psi-20, esta semana. A empresa distribuidora de papel terminou a primeira sessão dentro do principal índice nacional a perder 2,99%. Na sessão de ontem já conseguiu recuperar subindo 1,54%, mas durante a sessão de hoje não escapa à pior prestação do Psi-20, com uma desvalorização de 1,37%.

A entrada da empresa no Psi-20 coincidiu com a sua apresentação de resultados, referentes ao exercício de 2009. A Inapa anunciou um aumento do seu resultado líquido em 115% para os 2,2 milhões de euros, mesmo com uma quebra de 10% nas vendas. Com uma queda nos preços e uma queda nas vendas, o que sustentou esta subida nos resultados foi a redução dos custos financeiros e da divida.
Apesar dos bons resultados que apresentou, o resultado na cotação da Inapa nestes primeiros dias de estreia foi abaixo da prestação do índice. Uma outra noticia que poderá ter também contribuído para este mau desempenho foi a não distribuição de dividendos durante este ano.

Tecnicamente a cotação da Inapa apresenta-se pouco interessante. O movimento predominante tem sido uma lateralização, desde Agosto de 2009, entre os 0,60€ e os 0,71€, que por vezes afasta um pouco os investidores do título.
A negociação apenas até às centésimas de euro também não ajudava para a liquidez do título, na qual a menor variação possível, com uma subida de apenas 1 cêntimo, significava uma variação superior a 1%. Agora a acção já se encontra a negociar com 3 casas decimais.
No curto/médio prazo o cenário mais provável para o título será a continuação da negociação entre o intervalo 0,60€-0,71€. Caso estes valores sejam quebrados descendentemente ou ascendentemente, respectivamente, a tendência de curto-prazo poderá alterar-se, trazendo assim uma vida nova à cotação da empresa.

Adeus Teixeira Duarte

A Teixeira Duarte esteve pela última vez este ano na composição do Psi-20. Amanhã vai ocorrer a revisão oficial do principal índice da bolsa nacional com a saída da Teixeira Duarte para dar entrada à Inapa.
No último mês os investidores e fundos que só negoceiam no Psi-20 deixaram a Teixeira Duarte, provocando uma forte pressão vendedora que levou a uma queda de 14,3% nos últimos 30 dias, queda esta superior à do Psi-20 que no mesmo período foi de 4,2%.
Por outro lado a Inapa que vai entrar amanhã no Psi-20, nos últimos 30 dias subiu 1,5%.

Compra Sonae

Hoje no início da sessão a carteira BolsaLisboa foi reforçada com a compra de 4000 títulos da Sonae SGPS. As acções foram adquiridas ao preço unitário de 0,822€ totalizando um investimento de 3288€.
Esta compra foi realizada depois da cotação testar novamente um suporte nos 0,90€, ficando este definido como o "stop-loss" para as acções. O objectivo do negócio será chegar aos dois máximos relativos que a cotação fez nos meses de Novembro e Janeiro passado, na zona dos 0,94€.