sábado, 10 de janeiro de 2009

Será que devo comprar?

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Esta provavelmente será a pergunta que passa todos os dias pela mente de todos os investidores, ou pelo menos dos menos experientes nos mercados financeiros. Quando durante a sessão surgem boas oportunidades de negócio aos nossos olhos, mas a incerteza é o factor dominante, então qualquer que seja a opção tomada será sempre tomada com pouca segurança.
Para os investidores que apostam com vista ao longo-prazo, as incógnitas quanto a possíveis mudanças nos fundamentais da empresa ou na tendência geral do mercado, deixam sempre um factor de incerteza no negócio. Para os investidores de curto-prazo ou "daytraders", que muitas vezes tomam as suas posições com alavancagem, esse factor torna-se ainda maior devido à grande possibilidade do mercado responder para o lado contrário da opinião do investidor , ou mesmo do factor de multiplicação de perdas a que estão sujeitos.
Quantos não são os investidores que depois de realizar um negócio com uma grande mais-valia, e devido ao clima interior de euforia, realizam novos negócios, muitas vezes com poucas ou nenhumas razões ou justificações para o fazer, resultando em perdas. A vontade de ganhar cada vez mais no menor espaço de tempo poderá trazer precisamente o contrário ao investidor.

Para evitar este tipo de comportamento, que não leva o investidor ao seu principal objectivo de rentabilizar o capital investido, devem ser cumpridas algumas boas práticas de investimento.
A tomada de decisões quanto à abertura ou fecho de posições deverá ser feita fora do período de negociação. A flutuação das cotações durante a sessão, poderá influenciar a tomada de decisões por parte do investidor, levando-o a tomar a decisão contrária à que estava anteriormente "pensada". No final da sessão, ou de várias sessões de negociação, quando o títulos estiver a seguir o caminho pensado inicialmente, então o investidor irá lamentar a sua mudança de atitude durante a sessão inicial.
Ao admitir a abertura de uma posição no mercado, o investidor terá que ter em mente o preço ao qual irá abrir a posição, e o porquê de tal preço e não outro. O preço de fecho da posição também deve ser definido inicialmente, podendo ser obtido por uma análise fundamental à empresa, uma análise técnica às cotações, ou até mesmo por uma garantia de satisfação das mais-valias obtidas. Quando estes preços não são definidos, o investidor poderá estar sempre na esperança de obter maior rentabilidade com o passar do tempo, deixando assim passar as oportunidades do mercado. Também poderá acontecer que depois de fechada a posição, o título continue com a tendência assumida inicialmente, fazendo com que o investidor perde-se a hipótese de aumentar ainda mais a sua rentabilidade. Neste caso o principal objectivo, de ganhar dinheiro, foi cumprido, e as regras adoptadas fizeram apenas diminuir o risco e a incerteza do negócio.
Assumindo a máxima perda admitida com a posição ("stop loss"), no instante inicial da tomada de decisão, obtêm-se um maior controlo sobre o título, e diminui as preocupações do investidor. As posições que se arrastam com perdas continuadas, para muitos dos investidores de longo-prazo, são assim evitadas.


Este tipo de práticas servem apenas para diminuir a influência do lado menos lógico e racional do investidor, que na maioria das vezes apenas interfere negativamente nas decisões tomadas.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

9º Mês da Carteira BolsaLisboa

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Com o bom arranque do ano de 2009 na bolsa nacional, a carteira BolsaLisboa aproveitou para realizar mais-valias, com a compra de alguns títulos.
Durante o mês foram comprados os títulos da Sonae Industria, PT e EDP Renováveis. Apenas a PT resultou numa menos valia, enquanto que os títulos da Sonae Industria e EDPr foram ambos vendidos com valorizações superiores a 7%.
Apesar dos ganhos da carteira, o Psi-20 e Psi Geral conseguiram uma valorização superior desencadeada por um "rally" de início de ano.

Venda de EDP Renováveis e Sonae Indústria

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A carteira BolsaLisboa foi actualizada com a venda de todos os títulos da EDP Renováveis e Sonae macroeconómicos que vão chegando, e uma antecipação dos resultados das empresa para o ultimo trimestre do ano. No dia de ontem o índice Norte-Americano S&P500 fechou a cair 3%, e no dia de hoje o índice Japonês NIKKEI fechou a cair quase 4%.
Ambos os títulos foi vendidos no leilão de abertura, com os da Sonae Indústria a serem vendidos a 1,645€ e da EDPr a 5,84€.
Indústria. Esta venda foi realizada devido ao receio de novas quedas na bolsa nacional, impulsionadas pelos dados

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Compra EDP Renováveis

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A carteira BolsaLisboa foi actualizada com a compra de 500 títulos da EDPr, com um preço unitário de 5,433€. Esta compra foi feita após a quebra de uma importante resistência nos 5,25€, no dia de ontem.
De destacar também os títulos da Sonae Indústria, da carteira, que já seguem a valorizar mais de 10%.

Movimentos da Carteira Bolsa Lisboa

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Mota-Engil

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A Mota-Engil é a maior empresa de construção civil e obras publicas Portuguesa. O nome da empresa surgiu depois do grupo Mota ter lançado uma oferta pública de aquisição sobre o capital da Engil SGPS, no ano 2000, dando um novo fôlego à empresa presidida por António Mota, que não mais parou de crescer. Em 2005 entrou para o Psi-20, sendo nessa altura a única empresa ligada ao ramo da construção no principal índice da bolsa nacional.·
Este ano, com a entrada de Jorge Coelho para CEO da Mota-Engil, as cotações da empresa na bolsa nacional animaram, num ano marcado pelas quedas. Em Março, depois do anúncio da sua entrada para a empresa, a cotação começou a subir só parando 2 meses depois, com uma valorização de 40%. Mas como é difícil contrariar a tendência dos mercados, a Mota-Engil continuo o ano com novas quedas, chegando a cotar a valores do primeiro trimestre de 2005.
Os resultados da empresa no terceiro trimestre do ano foram acima das expectativas dos analistas, com um aumento do volume de negócios de 39%, um aumento do EBITDA em 15,3% e uma carteira de encomendas que atinge os 2200 milhões de euros. No entanto os lucros da empresa caíram 84,5%, e o seu endividamento aumentou, resultado de um forte investimento efectuado nos primeiros 9 meses do ano.
Nos últimos meses a família Mota e a empresa Mota-Engil tem reforçado a sua posição através da compra de acções próprias, com o dia de hoje a ser marcado por mais um reforço, num dia em que também foi finalizada a compra de 24,2% do capital da Lusoponte. Com estas notícias, a Mota-Engil teve hoje um dia positivo, dentro do dia positivo que foi para a bolsa nacional, subindo 6,26% para os 2,476€.

A caixa BI no mês de Dezembro, desceu o seu preço alvo em quase 13% para os 6,05€, mantendo mesmo assim uma margem de subida de 164%.
A crise do sector imobiliário que se fez sentir durante o passado ano, só se irá sentir mais fortemente nas empresas de construção durante o ano de 2009, com uma previsão de diminuição da construção um pouco por todo o mundo. A Mota-Engil não terá assim um ano fácil pela frente.
A empresa apresenta um PER de 20,73, uma valorização no último ano de -49,50% e uma taxa de dividendo de 4,44%.

Como a lei dos mercados é a mais forte, e são os investidores que definem a cotação em bolsa das acções, a Mota-Engil apresenta uma correlação com o Psi-20 de 1,145, tendo apenas registado um desvio em relação ao Psi-20 com a entrada do novo CEO Jorge Coelho.

- Variações do índice Psi-20(cor clara) e Mota-Engil (cor escura).

Tecnicamente a Mota-Engil não apresenta nenhum suporte ou resistência relevante. Uma subida acima da zona entre os 2,80€ e 2,90€ dará ao titulo um novo animo, abrindo caminho para uma chegada a um possível "target" nos 3,50€ (zona de transacção no período entre Junho e Setembro). A tendência de longo-prazo continua a ser de descida.