segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Para quando o fim das quedas na bolsa Portuguesa?

Após a sondagem efectuada aos leitores do blog, os resultados foram os seguintes:

A maioria dos leitores acredita no fim das quedas, na bolsa Portuguesa, até ao fim do ano, com 24% dos votantes a serem ainda mais optimistas, colocando a recuperação a começar já durante este mês de Outubro.
Após uma semana onde as bolsas mundiais desvalorizaram em média na casa dos 20%, e após uma desvalorização superior a 50% no Psi20 durante o último ano, são muitos os investidores que não vêem mais espaço para quedas. Com as noticias que nos últimos dias são comunicadas sobre injecções de capital no sistema financeiro, descidas de juros, abrandamento do crescimento económico e entrada em recessão de alguns países, muitos analistas referem que o fundo na economia está prestes a ser atingido. Como a bolsa em geral antecipa a economia nacional e mundial, pode ser já nos próximos dias ou semanas que as subidas regressem.

Cerca de 20% dos participantes na sondagem estão pessimistas em relação ao futuro, só vendo novas subidas nas bolsas depois de 2010.
Esta crise que começou no crédito hipotecário e alastrou para a banca, poderá ainda atingir outros sectores de actividade também bastante próximos das populações. Neste caso o fundo ainda poderá estar longe de acontecer, resultando em agravamentos pela negativa nos crescimentos económicos estimados, diminuição do poder de compra com consequente diminuição do consumo, e aumento do desemprego.
Quando ocorre uma crise, esta desenrola-se até o sistema estar "esgotado", isto é até o interesse por parte dos investidores pelos mercados financeiros atingir valores mínimos. Quando isto acontece ocorre um período de lateralização ou possível subida pouco acentuada, onde os volumes de acções transaccionados estão em níveis baixos. Este tipo de período demora algum tempo (várias semanas ou vários meses) até ser detectado. Este é um dos cenários possíveis onde pode ocorrer a inversão de tendência de longo prazo, com as subidas e os volumes a serem cada vez maiores à medida que os investidores ganham de novo interesse pela realização de aplicações nos mercados financeiros.

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