quinta-feira, 27 de maio de 2010

Caminhada do Psi-20

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A bolsa nacional continua com fortes movimentos de sobe e desce colocando muitos investidores afastados do mercado e outros em negociação activa. Sessões com variações inferiores a 1% começam a ser escassas nestas últimas semanas o que mostra a ansiedade que se instalou no mercado provocando esta volatilidade.
A sessão de hoje foi bastante positiva para o Psi-20, valorizando mais de 3,5%. Esta subida pode-se ter semelhanças com as subidas do dia 29 e 30 de Abril e 10 e 12 de Maio. Em ambas estas ultimas subidas referidas, o principal índice da bolsa nacional recuperava de várias sessões negativas, partindo de uma mínimo relativo para chegar a uma zona de resistência.

O Psi-20, observando as últimas 2 sessões, encontra-se a recuperar, depois de ter tocado no mínimo que havia formado no dia 7 de Maio. A intensidade e amplitude desta recuperação, com o índice a subir mais de 6,5% nos últimos dois dias, não lhe dará grande duração, o que poderá querer dizer que a meta de curto-prazo para o índice será a zona dos 7400 pontos. Esta zona corresponde aos máximos que este atingiu quando realizou as duas fortes subidas anteriormente referidas.
Analisando os dados anteriores, o Psi-20 encontra-se a negociar dentro de uma zona entre os 6600 pontos e os 7400 pontos, o que para alguns investidores poderá parecer tentador para abrir posições, utilizando a estratégia de comprar na zona inferior e vender no topo superior. Mas neste caso e observando o panorama global de andamento do Psi-20, a sua tendência descendente de médio-prazo poderá indicar que esta zona de negociação será apenas um "respirar" para a continuação das quedas.
Para estar optimista quanto ao curto-prazo do principal índice nacional, a zona dos 7500 pontos terá que ser ultrapassada de forma a quebrar os anteriores máximos relativos.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Resultados do Primeiro Trimestre

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Os resultados do primeiro trimestre de 2010 anunciados pelas empresas nas últimas semanas, passaram um pouco ao lado dos investidores. A situação da Grécia e um pouco de todos os países da Europa levou a uma nova vaga de quedas nos mercados Europeus que arrastou os investidores para um clima de receio de novas entradas. Como consequência o mercado começou a movimentar-se mais por fundamentais macroeconómicos que todos os dias surgem nas notícias ignorando as boas ou más noticias que poderão vir das empresas, como é o caso dos resultados do primeiro trimestre.

O primeiro trimestre do ano deu boas perspectivas às empresas quanto à melhoria dos seus resultados líquidos, com mais de metade do Psi-20 a aumentar os seus lucros face ao período homólogo de 2009.
Em destaque pela positiva temos a Martifer e o Banif. A Martifer obteve um resultado líquido superior em mais de 4 vezes ao obtido no primeiro trimestre de 2009. O resultado da Martifer apesar de aparentemente ser bastante bom, apresenta alguns ajustamentos que o tornam melhor do que realmente é e o que demonstra realmente isso é a diminuição dos seus proveitos operacionais em quase 30%, com redução no sector dos equipamentos para energia e construção metálica e ainda a redução do EBITDA em 7%.
O Banif viu os seus lucros aumentarem em mais de 150%, consequência de um forte aumento da actividade internacional do banco.
Ainda do lado positivo é importante realçar os bons resultados por parte de outras empresas da bolsa nacional como é o caso da EDP com um aumento dos lucros de 17%, da Galp com uma subida de 32% e a Jerónimo Martins com uma subida de 30%.

A destacar pela negativa estão duas empresas do grupo Sonae, a Sonae Capital e a Sonae Industria. Ambas apresentaram resultados líquidos negativos mas a situação da Sonae Industria continua a merecer alguma atenção. A empresa liderada por Carlos Bianchi de Aguiar obteve um resultado líquido de 35 milhões de euros negativos que apesar de ser melhor que os prejuízos de 42 milhões de euros do período homólogo de 2009, continua a ser um prejuízo à qual a empresa não tem escapado. As vendas da empresa subiram muito ligeiramente mas o seu EBITDA continua negativo e "mais negativo" ainda que no mesmo período de 2009.
O grupo Cofina foi outra das empresas nacionais a apresentar um resultado negativo durante este período.

Apesar destes valores terem passado um pouco ao lado dos investidores e do mercado, os resultados das empresas nacionais melhoraram o que pode ser considerado positivo para o futuro das empresas e economia.