sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

OPA à Cimpor

|0 comentários
A companhia Siderúgica Nacional Brasileira lançou uma oferta pública de aquisição sobre as acções representativas do capital social da Cimpor. A oferta é lançada sobre a totalidade das 672 milhões de acções, dispersas pelos diversos accionistas, oferecendo uma importância de 5,75€ por acção.
Esta oferta apenas é valida se o grupo onde se insere a Siderúgica Nacional Brasileira conseguir acções representativas de mais de 50% do capital social da empresa.

A estrutura accionista da Cimpor é composta pela Teixeira Duarte (22,9%), Lafarge (17,3%), Manuel Fino (10,7%), fundo pensões do BCP (10%), CGD (9,6%), Bipadosa (6,7%), Cinveste (4,1%) e outras posições menores.
Por esta altura a Teixeira Duarte valoriza mais de 13%, acima dos ganhos da Cimpor, nos 12%. A Lafarge, empresa Francesa de materiais de construção, apesar da sua grande posição no capital da Cimpor, apenas segue a valorizar 0,14%.

A OPA veio relançar estes dois títulos, aumentando bastante o volume de negociação e criando uma grande expectativa nos investidores. Esta é uma das alturas que muitos anseiam estar com posições longas no título, devido ao fortes ganhos que se registam em pouco tempo confirmados com uma análise histórica a outras ofertas que ocorreram no passado. A duração dos ganhos depende em muito do desenvolvimento da OPA e por isso é um pouco uma incógnita para os investidores, devendo estes precaver-se quanto a uma anulação das subidas com "trailing stops" ou outros métodos seguros de garantia de ganhos.

As acções da Cimpor neste momento negoceiam nos 6,23€, acima do preço da oferta lançada.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Recomendações dos Analistas

|0 comentários
Segundo o relatório, divulgado hoje pela CMVM, sobre a supervisão da actividade de análise financeira, o numero de recomendações divulgadas mensalmente tem-se mantido entre os as 50 e 70, exceptuando períodos de ferias. Os dados do relatório divulgado referem-se ao período entre 1 de Outubro de 2008 e 30 de Setembro de 2009.
As empresa com mais recomendações na bolsa nacional são a Portugal Telecom e a EDP Renováveis, respectivamente com 56 e 42 recomendações e dentro do Psi-20, a empresa com menor número de recomendações é a Teixeira Duarte, com apenas 5 recomendações. Para as empresas que estão fora do principal índice da bolsa nacional apenas 13,3% das recomendações incidiram sobre elas e 10 dessas empresas não tiveram qualquer relatório de análise.
Por outro lado, os intermediários financeiros que têm emitido mais relatórios das empresas nacionais são o BPI e a UBS com 83 e 48 relatórios respectivamente.

De todas as recomendações de investimento 47,3% dão uma recomendação de "compra", 10,4% recomendam "acumular", 24,6% dão uma recomendação de "manter" e 17,7% recomendam "reduzir" ou "vender". Destas recomendações, o sector financeiro foi o que obteve mais recomendações de "vender" e "reduzir", representando 33,4% de todas as recomendações emitidas, algo distante dos 14,7% que representa no sector das infra-estruturas e telecomunicações.

Quando às reacções às recomendações a Sonae é a empresa que mais responde positivamente às recomendações de "compra". As que respondem negativamente às recomendações de "compra" são a Brisa, EDP, Sonaecom e Galp.
Quando as analises que surgem dão recomendação de "venda", os títulos que mais respondem negativamente são a Impresa, a PT e a Sonaecom, enquanto que os que se movimentam no sentido contrario ao proposto pelos analistas são o BCP e o BPI.

Se for organizada uma carteira de acções recorrendo às análises emitidas pelos intermediários financeiros, o BPI, em valores deduzidos de comissões, vence com uma variação de 10,97%. A JPMorgan e o Santander ocupam respectivamente a segundo e terceira posição com 9,58% e 9,03%. Apesar da UBS ser dos intermediários financeiros que mais emite recomendações para o mercado nacional, a sua carteira de acções era a pior classificada com apenas 6,62%.

Pode sempre ir acompanhando os Price-Targets emitidos diariamente na barra lateral do blog.

Relatório Completo

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

REN com Pouco Movimento

|0 comentários
A REN é a empresa que garante o transporte de electricidade em Portugal desde 1994. As suas áreas de negocio são o transporte de electricidade em alta tensão, com a sua gestão técnica e o transporte de gás natural em alta pressão, também com a sua gestão técnica.
Os maiores accionistas da empresa são a Logoenergia, com 8,4% de capital e a Gestfin, com uma participação de 5,2%, sem contar com os 46% detidos pelo estado através da Parpública. A EDP, a Oliren e a Rede Eléctrica de Espanha representam cada uma 5% da estrutura accionista.

Durante os primeiros 9 meses do ano, a empresa liderada por José Penedos (suspenso de funções actualmente), registou um aumento dos lucros 7,6% face ao período homologo do ano anterior. Este aumento apesar de ser superior às expectativas de mercado, não afectou em nada a cotação da REN na bolsa nacional.
O negocio da REN em Portugal não parece estar em crescimento, um pouco consequência das suas áreas de negocio limitadas no território nacional. Uma demonstração disso é o seu aumento nos resultados ser praticamente causado por uma diminuição das despesas, tanto financeiras como de exploração. O facto de a empresa ser detida maioritariamente pelo estado também não ajuda à implementação de politicas fortes de crescimento além fronteiras e à expansão das suas áreas de negocio.

As recentes polémicas que têm existido com administradores da empresa, levando José Penedos a ser suspenso de funções por suspeita de corrupção passiva, também não causou qualquer impacto na negociação em bolsa da REN.

Umas das causas das notícias que surgem sobre a REN não surtirem efeito na cotação da empresa é a baixa quantidade de acções negociadas. Os investidores estão pouco interessados nos títulos da REN e a sua negociação mostra que quem estava pouco convencido na prestação dos títulos da empresa, já saiu da mesma, fazendo com que a negociação da empresa seja muito pouco volátil.
Uma outra notícia que não causou impacto foi o "outlook" para a empresa revisto em baixa.

Desde o fim do mês de Setembro que a cotação da REN se mantém a negociar no intervalo estreito de valores, entre os 3,02€ e os 2,92€. Apesar deste canal de negociação, a zona de resistência mais próxima da cotação do título situa-se nos 3,06€. Uma quebra ascendente desta resistência ou uma saída do canal de negociação pelo lado descendente, poderá dar um sinal de compra e venda respectivamente.
No curto-prazo a tendência dos títulos da REN é lateral, mas no médio e longo prazo torna-se difícil definir uma tendência predominante. Esta situação faz com que os títulos da REN sejam pouco atractivos para uma possível negociação.