sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Será mesmo do Dubai?

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As sessões de ontem e de hoje estão a ser marcadas pelas quedas nos mercados internacionais. A bolsa nacional não escapa às quedas com o dia de ontem a ser marcado por uma desvalorização de 2,1% no Psi-20 e na sessão de hoje, perdas superiores a 1% têm sido constantes durante a manhã.
Como no dia de ontem a bolsa Americana esteve fechada, devido ao feriado nacional, a abertura nos Estados Unidos hoje poderá ser com perdas superiores a 1%, arrastando as bolsas Europeias para um aumento das desvalorizações durante a tarde.

Na comunicação social estas quedas são atribuídas às recentes notícias que vieram dos Emiratos Árabes Unidos, de que o Dubai está com dificuldades em pagar a sua divida e poderá entrar em incumprimento. Esta noticia veio assim afectar o sector bancário principalmente a parcela com exposição à economia daquele país.
Esta noticia não parece ser mais importante que um anuncio de crescimento de 2,8% nos EUA, anunciado à dois dias e que teve pouco ou nenhum reflexo no mercado. Ela apenas surgiu num contexto diferente, em que os mercados estavam em forte queda e foi acusada como a causadora das quedas, como se o mercado não aguarda-se já uma correcção.
O Dubai poderá estar com problemas agora para pagar a divida, mas devido às suas ligações com Abu Dhabi, o pagamento não será problema e assim este emirato consegue ganhar um maior poder político e financeiro. O governo do Dubai consegue desta maneira encontrar uma solução, o que torna o problema um "problema menor".

Os volumes de negociação baixos nas últimas sessões já adivinhavam algum tipo de movimento com maior expressão nos mercados e ele veio a aparecer. Uma correcção aos ganhos que surgiram desde Março, que levaram muitas empresas a novos máximos, poderá estar para ficar durante as próximas sessões.
Não será pelas notícias vindas das Arábias melhorarem que o mercado irá inverter e voltar para novas subidas. A maior ou menor extensão da correcção apenas dependerá no maior ou menor pessimismo que existe no seio do mercado.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Primeiro Índice de Acções Ibérico

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A NYSE Euronext anunciou o lançamento de um novo índice que contempla 20 acções Espanholas e 10 acções Portuguesas. Estas acções serão escolhidas de acordo com a liquidez da acção, isto é as 10 acções mais líquidas da Bolsa Nacional e as 20 acções mais líquidas da praça Espanhola. Cada acção não poderá ter um peso superior a 10% no índice e este peso é determinado pela capitalização bolsista e pelo numero de acções que estão disponíveis no mercado à livre negociação.
As empresa nacionais apenas irão representar 16,12% do índice, com a EDP a ocupar uma lugar de destaque, na 7º posição, com 4,17%. À frente da EDP está o banco Santander, a Iberdrola, a Telefónica, o BBVA, a Repsol e a Inditex, somando no total 54,66% do índice.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sonae Capital com Investimento Estrangeiro

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A Sonae Capital é uma empresa que pertence ao grupo Sonae e detém duas sub-holdings, a Sonae Turismo e a Spred.
A Sonae Turismo foi constituída em 1994 e integra a Sonae Capital desde 2006. Os seus negócios estão enquadrados nos resorts turísticos e empreendimentos residenciais como o Troia Resort, gestão de activos imobiliários e operações turísticas nos domínios da hotelaria, saúde e bem estar como os ginásios Solinca.
A Spred está vocacionada para o investimento em negócios maduros, como o investimento no grupo Selfrio, em negócios emergentes e em participações financeiras, como a participação que possuem na Norscut.

Industria com o mesmo valor. Assim se descontarmos o ganho obtido pela venda da participação na No anuncio de resultados feito no inicio do mês de Novembro, a Sonae Capital reportou uma queda dos lucros de 14% para os 31,6 milhões de euros nos primeiros 9 meses do ano, mas se analisarmos apenas o terceiro trimestre a empresa obteve um aumento dos lucros de 172%, para os 8,7 milhões de euros, como consequência da venda da participação financeira na SonaeSonae Industria, a Sonae Capital obtinha um resultado líquido aproximado nulo.
O seu EBITDA, nos primeiros 9 meses do ano foi de 37,2 milhões de euros, face a um EBITDA no período homologo de -10,9 milhões de euros e o volume de negócios aumentou 53,3% para os 219,9 milhões de euros.

Antes do anúncio de resultados da empresa liderada por Belmiro de Azevedo, a gestora Britânica Schroders anunciou que investiu nas acções da Sonae Capital. A gestora fundamentou a sua compra dizendo que a Sonae Capital é um activo com qualidade e muito desvalorizado.
Estas afirmações são suspeitas devido ao envolvimento do anunciante no titulo e também por ter sido divulgado antes da apresentação de resultados da empresa, o que torna a noticia no operação de interesse da Schroders.

A Sonae Capital começou a negociar em bolsa a 28 de Janeiro de 2008, nos 1,57€. Desde o seu inicio o rumo das acções da empresa foi sempre de quedas, sendo levada pelas fortes quedas que se faziam sentir nos mercados internacionais. Atingiu um máximo de 1,89€ poucas sessões após a sua entrada em bolsa e depois os vendedores colocaram sempre mais pressão que os compradores, fazendo a acção cair até aos 0,41€, que corresponde ao mínimo de Março. Desde ai o título têm acompanhado o movimento da bolsa nacional e já obteve uma valorização de 119,5%, fechando a sessão de hoje nos 0,90€.
Neste momento a acção apresenta uma tendência lateral no curto e médio prazo, com as oscilações da cotação a serem mínimas e a negociação a ficar entre os 0,96€ e os 0,84€ desde o mês de Setembro. A apatia e os baixos volumes de negociação têm caracterizado o título nas últimas sessões.

Tecnicamente apenas existe uma zona de suporte relevante nos 0,73€, que funcionou como zona de resistência entre os meses de Maio e Agosto. Neste momento outros indicadores técnicos que possam ser identificados parecem pouco relevantes para a acção, sendo assim difícil fazer um negócio, no curto-prazo, com base neste tipo de analise.


Comunicado de Resultados do Terceiro Trimestre de 2009