sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Futuro Incerto para o Psi 20

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Já à muito tempo que os investidores nacionais não estavam perante uma subida como a que ocorre nos últimos meses, na bolsa nacional. A última subida que ocorreu no nosso Psi 20, com uma amplitude e "intensidade" semelhante a esta, foi desencadeada pela "bolha" das empresas tecnológicas, no ano 2000, na qual se seguiu um penoso "bear market", com mais de 2 anos de quedas nos mercados mundiais.

Desde o mês de Março que o Psi-20 já valorizou mais de 50%. Esta subida fez com que muitos investidores voltassem novamente aos mercados e os que nunca deixaram de negociar durante as quedas viram o seu optimismo, quanto às subidas, reforçado. A prova disso foi a sondagem realizada no blog:

A maioria dos participantes na sondagem não acredita numa forte correcção nos mercados, que poderia levar o principal índice da bolsa nacional de volta aos 5700 pontos, ou até mesmo a novos mínimos. Ainda assim existe uma grande percentagem de leitores que não esqueceu as quedas a que a bolsa nacional esteve sujeita no ano de 2008 e acredita que não será uma subida de 50% que definirá um bom futuro para o curto/médio prazo do Psi-20.

Neste momento o índice encontra-se a negociar numa zona de resistência, nos 8900 pontos, correspondente ao máximo de uma zona de lateralização das quedas sofridas no ano de 2008. Esta zona poderá levar o índice a uma pequena correcção às recentes subidas, descendo até à última zona de maior negociação nos 8500 pontos ou até ao suporte na zona dos 7900 pontos, sendo um movimento perfeitamente normal nas subidas de longo-prazo.
Caso a resistência nos 8900 pontos seja quebrada em alta, uma subida de 1000 pontos no Psi-20, no curto/médio-prazo poderá ser um cenário com elevada probabilidade de acontecer.

Para os investidores de longo-prazo, não existe razão para preocupações com os títulos que eventualmente possuem, porque movimentos de correcção com uma descida de alguns pontos são perfeitamente normais, num índice com tendência de alta no longo-prazo.
Para investidores de médio-prazo as próximas sessões serão essenciais para a definir títulos a vender e a manter, enquanto que para investidores de curto-prazo estará na altura de desfazer posições abertas e assim conseguir contornar o risco da negociação numa zona de resistência.


Venda EDP Renováveis

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As 200 acções da EDP Renováveis que pertenciam à carteira BolsaLisboa, foram vendidas ao preço unitário de 7,25€ durante a sessão de hoje.
A venda ocorreu devido à quebra da linha de tendência ascendente que vem suportando as cotações do titulo, deixando assim um sinal que poderá começar um período de lateralização. Esta quebra também poderá não ser válida, em primeiro lugar porque a sessão de hoje ainda não terminou, deixando lugar a uma inversão no final da mesma com um fecho acima da linha de tendência e também devido à ausência de um volume de negociação acima da média das últimas sessões. Mesmo assim a opção mais segura foi a sua venda.
Este negócio terminou com uma valorização de 0,54%.

Movimentos da Carteira BolsaLisboa

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Expansão da EDP Renováveis

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A EDP Renováveis tem sido das empresas mais noticiadas nesta ultima semana, dentro das que compõem o Psi-20.
Os investimentos que a empresa tem feito nos EUA durante o corrente ano em parques eólicos através da Horizon, vão garantir 400 milhões de euros de apoios por parte do governo Americano. Este apoio vem beneficiar as contas da empresa, mas não virá trazer novos investimentos para Portugal, com a líder Ana Maria Fernandes a anunciar o total reinvestimento dos fundos recebidos em solo Norte-Americano.
Estes investimentos resultaram num aumento de 34% na capacidade instalada, correspondente a 1,4GW, na qual mais de 70% deste aumento está localizado nos EUA. A empresa têm em construção actualmente mais 1,4GW de capacidade instalada, com 15% a situar-se no território nacional.

Com todos estes dados positivos, a UBS vem diminuir o preço alvo da EDP Renováveis e recomenda a venda das acções da empresa. A justificação é feita com a possibilidade de um aumento de capital em 2010, consequência dos fortes investimentos feitos nos EUA.
A empresa irá divulgar os resultados referentes ao 3º trimestre do ano no dia 28 de Outubro, esperando-se assim boas notícias para os accionistas.

A cotação dos títulos da EDPr encontra-se a seguir uma linha de tendência ascendente, do ponto de vista técnico. Uma quebra dessa mesma linha dará um sinal de venda para os investidores de curto/médio prazo, para uma acção que tem pouco mais de 1 ano de história na bolsa nacional.
A próxima resistência que a acção irá encontrar será na zona dos 8€, correspondente à zona de negociação no primeiro dia de admissão dos títulos em bolsa. Esta será uma forte resistência no título devido ao elevado volume de negociação que ocorreu na primeira sessão, 60 vezes superior à média diária dos últimos 50 dias de negociação.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Tributação sobre as mais valias em 20%!

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A alteração da tributação sobre as mais-valias do negócios em bolsa, dos actuais 10% para 20%, parece ser uma das novas mudanças a apresentar pelo governo. Esta medida já estava incluída no programa eleitoral do Partido Socialista, mas de um forma não explícita, dizendo apenas que essa tributação se deveria aproximar mais do praticado pelos países da OCDE.
Esta é uma medida que vai atingir principalmente a classe média, com os pequenos investidores a acartarem com as consequências do aumento, enquanto que os grandes investidores estabelecem-se noutros países ou em sociedades de forma a fugir à tributação.
Na carga fiscal sobre os dividendos distribuídos, Portugal é dos países mais tributado da União Europeia, com 20% dos mesmos a serem retidos directamente na fonte.

A única forma de o pequeno investidor contornar este aumento é através da manutenção dos títulos durante um período superior a 12 meses. Desta forma não existe tributação sobre as mais-valias obtidas.
Uma das consequências poderá ser uma diminuição do número de negócios na bolsa nacional, com os investidores nacionais a optarem por aguardar mais tempo com os títulos em sua posse, fazendo com que ocorra uma diminuição de liquidez, bastante má para a bolsa nacional. Este tipo de medidas torna-se assim prejudicial para um mercado pequeno como o de Portugal.