sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Galp Energia

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Após ter tocado nos 19,50€, que correspondeu a uma valorização de 235% desde a sua entrada em bolsa, a Galp têm seguido um caminho descendente, em linha com a tendência geral dos mercados.
As oscilações do preço do crude têm influenciado bastante a empresa, tendo como consequência directa uma diminuição dos lucros em 25% no primeiro semestre do ano face a igual período do ano passado, e uma diminuição de 46% nas margens de refinação. Estes resultados vêm contrariar o pensamento de muitos investidores, que ao verem o aumento dos preços do petróleo, admitem como consequência o aumento dos lucros das petrolíferas. Isso não acontece porque o aumento do preço do petróleo reflecte-se directamente na empresa, mas apenas no médio prazo no consumidor.
A recente aquisição da Esso e Agip na Península Ibérica, controladas pela Exxon Mobil e Eni, são um aposta em aumentar o numero de postos controlados, que já ultrapassa os 1500 em Portugal e Espanha.
As principais notícias catalisadoras das cotações poderão vir dos poços da Baía de Santos, apesar de apenas serem repercutidas em dividendos para a Galp no longo prazo.

A polémica que se tem gerado em torno dos preços dos combustíveis, tem levado a uma falta de confiança por parte dos investidores na empresa. A notícia generalizada nos órgãos de comunicação social, prende-se com o facto de os combustíveis estarem a descer menos que o preço do petróleo nos mercados internacionais. Analisando a noticia de uma forma muito simples e superficial, não existem duvidas da sua veracidade. Mas aprofundando um pouco mas o tema, os dados tornam-se um pouco diferentes do que nos querem mostrar.
Todas a comparações de preços que nos colocam reportam-se ao dia, e como é óbvio o petroleo que hoje é negociado nos mercados internacionais, não é o mesmo utilizado na produção dos combustíveis disponíveis no mesmo dia nos postos de abastecimento. Existe um
delay de uma a duas semanas ou até mais, dependendo dos stocks ou de outros factores no processo de produção, entre o preço do petróleo, e o seu possível reflexo no preço dos combustíveis.
O factor cambial também não é considerado na maioria dos casos, apesar do petróleo ser vendido em dólares e a sua venda ao consumidor em produtos refinados ser feita em euros.
É verdade que mesmo considerando um
delay de duas semanas, o preço dos combustíveis não tem descido tanto como o do crude, mas também é verdade que quando o petróleo estava em alta, a Galp também não fez reflectir toda a subida nos preços dos combustíveis. Entre Fevereiro e Julho o preço do petróleo, em valores corrigidos para euros, subiu dos 60€ para os 92€ (+53%), enquanto que o preço da gasolina sem impostos subiu dos 0,54€ para os 0,69€ (+28%) e o preço do gasóleo subiu dos 0,60€ para os 0,83€ (+38%). Desde Julho até ao inicio desta semana a queda do petróleo foi de 92€ para 75€ (-18%), a gasolina desceu dos 0,69€ para 0,63€ (-9%) e o gasóleo dos 0,83€ para os 0,73€ (-14%).
Muitas das notícias que surgem sobre este tema são apenas uma forma de populismo, tentando agradar à maioria, e por isso
aconselho alguma prudência na sua análise.

Tecnicamente a Galp teve ontem uma boa reacção ao suporte nos 10,82€, levando hoje uma valorização de 3,69% a acompanhar a tendência na Europa. A quebra deste suporte poderá significar uma descida abaixo dos 10€ no curto prazo.


A Galp apresenta um PER de 12,32, uma taxa de dividendo de 2,79%, e a recomendação média dos analistas é de "comprar".

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Resumo do dia

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Apesar de na maior parte do dia a bolsa Portuguesa estar a negociar em terreno positivo, esta fechou a perder. O Psi20 caiu 1,87% e o Psi Geral 0,46%.
O clima que se vive nos mercados financeiros, faz aumentar a volatilidade, e assim assistimos a grandes subidas num dia e no dia seguinte a fortes quedas. A tendência geral é de queda, e neste momento apesar de bons resultados que algumas empresas possam apresentar, nenhuma consegue contrariar a tendência principal dos mercados.
O destaque de hoje no Psi20 vai para a Brisa que consegue uma forte valorização em dia de quedas, subindo 3,14%. As outras empresas do Psi20 que registaram valorizações foram o BCP, a Sonae Indústria e a Teixeira Duarte. Dentro do Psi Geral, também o destaque para a Papelaria Fernandes, que conseguiu uma valorização de 11,11%.
A EDP e EDP Renováveis foram as cotadas que mais desvalorizaram no dia de hoje, respectivamente 5,97% e 4,30%.

Hoje a Cimpor e a Teixeira Duarte obtiveram aprovação para o arranque da construção de uma fábrica de cimento na Namíbia, que tem início da produção prevista para 2010.
A Sonae Sierra investiu 212 milhões de euros na construção de 3 novos centros comerciais, em Leiria, Caldas da Rainha e Maia.

Os mercados internacionais fecharam o dia em perda, com destaque para o índice Americano S&P que caiu 4,71%.
Hoje a seguradora AIG evitou a falência ao aceitar um empréstimo da Reserva Federal Americana, após negociações falhadas com particulares. Caso ocorre-se a falência, seria um dos grandes colapsos da história Americana.
A Morgan Stanley divulgou os resultados do último trimestre, que foram inferiores em 3% aos resultados previstos. Com esta notícia e com o clima que se instaurou devido às noticias recentes da banca, a Morgan Stanley fechou a perder mais de 30%.
A Samsung lançou hoje uma oferta de aquisição da empresa Sandisk por um valor 70% acima da última cotação da empresa, o que originou um ganho de 39,1% no dia de hoje. Apesar disso a Sandisk já recusou a oferta.

O mercado das
commodities registou hoje valorizações, tendo como principais destaques o crude e o ouro, que valorizaram respectivamente 5,72% e 2,27%.


terça-feira, 16 de setembro de 2008

Venda EDP Renováveis

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Por falta de disponibilidade não foi publicada ontem a venda da EDPR da carteira BolsaLisboa. Após ter accionado uma ordem "stop", bem apertada, colocada nos 6,25€, as acções foram vendidas ao preço de 6,245€.
Com a grande volatilidade que impera nos mercados, a EDPR apesar de ter chegado a cotar abaixo dos 5,90€, hoje fechou em 6,25€, valor superior à venda de ontem.
Penso que a tendência de curto-prazo das bolsas internacionais, vai ser de quedas, e como consequência a carteria Bolsa Lisboa vai ficar novamente afastada da realização de mais aquisições.

domingo, 14 de setembro de 2008

Análise Técnica

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Uma dos orientações que existe para determinar o timing da compra e venda de acções é a análise técnica. Ao contrário da analise fundamental que se baseia nos fundamentais da empresa, a analise técnica baseia-se na análise gráfica das cotações, através de padrões e formações.
Para o leitores do blog ficarem a saber alguns fundamentos por detrás da análise técnica, o banco Best disponibiliza um manual bastante simples e acessível, que pode ser encontrado neste endereço: http://www.bancobest.pt/finsebanking/BESTSite/best_docs/ManualAT.pdf