sexta-feira, 5 de junho de 2009

O Mito do Longo-Prazo

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"A bolsa é um bom investimento no longo prazo".
Esta é uma frase célebre no mundo dos mercados financeiros. Tanto os investidores mais experientes como aqueles que estão a começar a dar os seus primeiros passos nos mercados, todos já ouviram esta frase, seja pela comunicação social, pelos amigos ou pelos seus intermediários financeiros.
Como dentro dos objectivos de uma empresa, após a sua criação, está sempre a evolução, o crescimento e o lucro, era normal que no longo-prazo todas as empresas aumentassem o seu valor, e consequentemente contribuiriam para o crescimento da economia. Mas na prática ocorrem ciclos no mercado e na economia, de alta e de baixa, alterando o rumo dos fundamentais das empresas.

Se todos os movimentos do mercado fossem apenas desencadeados pelos fundamentais das empresas, as cotações das mesmas seriam arrastados pelos seus números. Assim uma empresa "saudável", seria sempre uma boa empresa para investir no longo-prazo.
A verdade é que as cotações da empresa não se movem de acordo com os seus fundamentais , mas sim de acordo com as vontades do mercado e dos investidores.

A frase inicial poderá perder a sua validade quando conseguimos obter exemplo de acções com um mau desempenho no longo-prazo. Quando o investidor observa um gráfico de um título, que a sua historia é um caminho descendente, poderá pensar que alguma coisa está mal com a empresa, mas não, é apenas o mercado a funcionar. Este facto faz com que muitas empresas se tornem maus investimentos no longo-prazo, contrariando aquilo que a maioria dos investidores pensa.

Também é verdade que este tipo de títulos são uma baixa percentagem no mercado, mas que eles existem existem e o investidor não os pode ignorar.
Para não correr esse risco é necessário entrar no título certo e na altura certa, o que por vezes se pode tornar complicado. É por isto que eu defendo que se deve estar sempre com um olho no mercado e nas suas acções, para evitar que passados 10 anos o investidor se assuste com as perdas do capital que supostamente estaria seguro.

O melhor será alterar a frase inicial para " A bolsa pode ser um bom investimento no longo prazo", tornando-a assim mais capaz de interpretar o mercado.

A Alstom é o exemplo de uma acção que não tem dado alegrias aos investidores de longo-prazo. Quem adquiriu os títulos entre os anos de 1999 a 2001, a mais de 400€, passados 10 anos está com potenciais perdas de quase 90%!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Venda EDP

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As 1000 acções da EDP que faziam parte da carteira BolsaLisboa, foram vendidas na sessão de hoje ao preço unitário de 2,80€, devido à activação de um "stop-loss". Este "stop" foi colocado um pouco abaixo de um ténue suporte na zona dos 2,82€, que foi quebrado durante a sessão de hoje.
As acções da EDP parecem estar a passar por um período de lateralização, um pouco como a bolsa nacional.

Movimentos da Carteira BolsaLisboa

terça-feira, 2 de junho de 2009

Acredita na fusão entre a Zon e a Sonaecom?

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Esta foi a sondagem que esteve aberta a votação no blog.
Os resultados da sondagem foram os seguintes:



Como se pode constatar através da sondagem, as expectativas de uma fusão entre as duas operadoras são grandes no seio dos investidores nacionais. As declarações de alguns accionistas de ambas as partes e a aproximação entre eles nos últimos tempos, desencadeou um novo rumor de fusão, o que levou a uma subida das cotações de ambas as empresas.
Este tipo de rumores é uma constante no mercado, fazendo com que as cotações subam num curto espaço de tempo para depois o rumor se desfazer e estas voltarem a descer novamente. Negociar com base nestes rumores pode não ser uma boa opção devido à fraca intensidade do movimento e a sua muito curta duração.

O grande problema de uma fusão entre a Zon e a Sonaecom é a estrutura accionista de cada uma das empresas. A Zon possui um grupo de accionistas que é comum à estrutura accionista da Portugal Telecom, como o Grupo Espírito Santo e com uma possível fusão, a liderança da PT como numero 1 das comunicações em Portugal estava ameaçada. Este grupo de accionista não quer que isto aconteça porque o que poderão ganhar na fusão perdem com a sua posição na PT.
Como para desbloquear os estatutos da Zon, para o processo de fusão, é necessário dois terços de votos positivos em assembleia geral, basta que na assembleia geral esteja pouco representada a estrutura accionista e que um ou dois grandes accionistas votem contra para que a fusão não seja possível.

A fusão entre a segunda e terceira maiores empresas de comunicações em Portugal só irá ser possível que existir consenso de ambas as partes.
Se ocorrer a fusão as duas empresas tornam-se líderes no acesso à Internet de banda larga e também no mercado da televisão

Agora só o tempo pode dizer qual será o desfecho desta possibilidade de fusão entre a Zon e a Sonaecom.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Teixeira Duarte com aumento de 150,2% nos lucros

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A Teixeira Duarte anunciou os seus resultados, referentes ao primeiro trimestre de 2009, na passada sexta-feira. Estes mais que duplicaram em relação ao período homologo do ano de 2008, principalmente devido ao forte crescimento da empresa além fronteiras em países como a Angola, que já representam mais de 62% das receitas da empresa.
No mercado Português o volume de negócios diminuiu, mas no total este aumentou 3,5% para 278 milhões de euros. O EBITDA aumentou 35%, para os 40,4 milhões de euros e os lucros por acção foram de 0,10€.
Os resultados agradaram ao mercado, com as acções a subirem mais de 3% no dia de hoje, após terem atingido durante a sessão mais de 7% de valorização.

Tecnicamente a empresa apresenta-se com uma tendência de curto-prazo de subida, depois de ter sido das empresas mais castigadas do Psi-20 durante as quedas.
Desde Março a empresa já subiu mais de 100%, e neste momento aparenta estar num período de consolidação. Não existem suportes ou resistências próximos que possam definir um ponto de entrada no título e por isso a melhor opção será esperar por um sinal mais forte do mercado, para entrar no capital da empresa.