Desde o inicio da queda dos mercados, no final do verão passado, o Banco Comercial Português já desvalorizava mais de 50%, umas das empresas do PSI-20 mais afectada com a instabilidade dos mercados financeiros mundiais. Mas depois de um mínimo de 1,71 euros, as acções do BCP subiram até aos 2,24 euros em menos de 1 mês, acompanhando uma subida menos pronunciada da praça Portuguesa. Como consequência a grande euforia em torno da negociação dos títulos do maior Banco Privado Português voltou com grandes volumes de transacções, estando os accionistas apreensivos quanto a algumas medidas tomadas pela nova administração liderada por Carlos Santos Ferreira. Após o anuncio de aumento de capital, e com o desconto que vão ser emitidas as novas acções, a volatilidade dos títulos aumentou com a instabilidade accionista que se vive em torno do aumento de capital. A única analista que dá uma recomendação de compra para os títulos do BCP diz: "os títulos estão sob muita pressão técnica e é muito tentador abrir posições curtas de venda. Porém, o aumento de capital, de dimensão considerável, poderá ajudar a ultrapassar o actual cenário de indefinições".
Hoje após o acerto da cotação, devido aos direitos dados aos accionistas para ir a aumento de capital, as acções do BCP estão a cotar nos 1,94 euros, com um PER de 13,82 e uma taxa de dividendo de 3,94%, traduzindo-se numa recomendação média de venda por parte dos analistas.
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