sábado, 31 de outubro de 2009

Resultados e Cotações da Semana

Durante esta semana, 8 empresas pertencentes ao Psi-20 apresentaram os seus resultados, referentes ao terceiro trimestre do ano.

No dia 27 o BES, a Portucel e a Semapa apresentaram os seus resultados. Para o banco liderado por Ricardo Salgado as expectativas não foram confirmadas e o aumento de 30% no resultado líquido, esperado pelos analistas, não ficou além de 7,8%. Após o anúncio das previsões dos analistas, a cotação das acções do banco não mostrou qualquer reacção, mantendo-se a fechar as sessões seguintes entre os 5,15€ e os 5,20€. Depois de confirmados os resultados do grupo inferiores às previsões, a cotação iniciou um movimento de descida para valores abaixo dos 5€, mostrando o descontentamento do mercado ao valores anunciados.



Com a Portucel e a Semapa os resultados apresentados foram bastante acima das expectativas. Os analistas atribuíam para as duas empresas quedas no resultados superiores a 50% face ao período homólogo de 2008, mas a Semapa e a Portucel conseguiram uma descida nos resultados líquidos de 39,9% e 38,2% respectivamente.
Ambas as empresas começaram um movimento descendente logo após a publicação das previsões do analistas, mas esse movimento não abrandou após o anúncio dos resultados oficiais considerados positivos para os analistas. Em vez disso o movimento ainda se acentuou mais, com o mercado a mostrar que resultados negativos são sempre negativos para os accionistas.




No dia 28 foi a vez da apresentação de resultados da REN e EDP Renováveis. Os lucros da REN subiram 7,6% para o mesmo período do ano, um numero 20% acima das previsões dos analistas. Neste caso a saída das previsões dos analistas provocou um movimento descendente no título, a curto-prazo, mas após os resultados oficiais uma forte subida durante a sessão foi desencadeada, voltando aos valores de negociação antes de qualquer anuncio dos analistas. Este tipo de movimento por vezes não é possível de justificar tendo em conta apenas a noticias que surgiram e nomeadamente os resultados.



A EDP Renováveis também conseguiu superar as expectativas, apesar do aumento dos lucros ter ficado à quem do que o que a Empresa já habitou os investidores. Os resultados líquidos subiram 19%, para os 70,1 milhões de euros. Neste caso o anúncio dos resultados dos analistas, apesar de não serem positivos, coincidiu com um movimento de subida no curto-prazo, que contrariou o forte movimento descendente que a Renováveis estava a atravessar. A sessão após o anúncio dos resultados oficiais foi positiva.



No dia 29 a Brisa, a EDP e a Jerónimo Martins anunciaram os seus resultados. Os lucros da Brisa subiram 1,7% e ficaram praticamente coincidentes com as previsões anunciadas pelos analistas, nos 111 milhões de euros. Após a divulgação das expectativas dos analistas, as acções da empresa continuaram o seu percurso descendente de curto-prazo, que não foi contrariado após os resultados oficiais. Neste caso os resultados não representaram qualquer influência no rumo da cotação.


A EDP obteve "bons resultados", consideram os analistas, que apesar de terem registado uma queda de 20% não incluíam os valores de dispersão em bolsa da EDP Renováveis, que os resultados de 2008 incluíam. Mesmo assim as previsões dos analistas eram mais confiantes, o que não deixou que a cotação da empresa liderada por António Mexia continua-se a sua tendência de quedas no curto-prazo, após o anúncio dos analistas. A sessão de apresentação oficial de resultados fechou positiva.



Na Jerónimo Martins os investidores gostaram tanto das previsões dos analistas como dos resultados oficiais. O grupo obteve um aumento de 14% nos lucros acima das previsões, o que provocou 3 sessões de elevado volume de negociação em que os títulos subiram mais de 6%.


Apesar das apresentações dos resultados, a maioria destes movimento teve origem no mercado global a nível nacional e internacional e uma explicação dos movimentos com base apenas no resultados obtidos pode-se tornar demasiado simplista.

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