sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Influência das Legislativas na Bolsa Nacional

Já falta pouco para serem conhecidos os resultados das eleições legislativas que têm marcado os últimos dias da imprensa escrita e televisão em Portugal. As mais recentes sondagens dão uma vitoria para o Partido Socialista com mais 8% dos votos que o Partido Social Democrata. O Bloco de Esquerda é o terceiro partido mais votado seguido do Partido Popular e da Coligação Democrática Unitária, totalizando 24,4% dos votos.

Se o Partido Socialista ganhar as eleições, tal como as sondagens indicam, as alterações na bolsa nacional serão mínimas porque as politicas que têm sido seguidas até aqui irão continuar e não haverá novas implicações significativas nas empresas e no mercado em geral. Mas se este cenário se concretizar não irá haver maioria absoluta para governar e ficam assim abertos cenários de coligações pós eleitorais. O cenário mais provável será um novo governo sem maioria e o Partido Socialista governar sozinho, mas no caso de ocorrer uma coligação o Bloco de Esquerda ganha vantagem na união com José Sócrates.
Mesmo que a coligação aconteça, poucas serão as medidas defendidas pelo Bloco que serão postas em prática, o que poderá inviabilizar as propostas de nacionalizações de Francisco Louçã. Esta proposta, no caso de a coligação se concretizar, poderá provocar insegurança nos investidores em relação aos títulos da EDP e Galp, sofrendo assim algumas agitações ou mesmo uma queda no curto-prazo.

Se as sondagens estiverem erradas e o Partido Social Democrata vencer as eleições do próximo Domingo e não conseguir a maioria absoluta, uma coligação com o Partido Popular de Paulo Portas é o cenário admitido pelos líderes.
Manuela Ferreira Leite já admitiu suspender todos os projectos de grandes obras públicas como é o caso do novo Aeroporto de Alcochete, as novas concessões de auto-estradas e o polémico TGV. Estas medidas terão um grande impacto nas empresas de construção e nomeadamente na Mota-Engil, Soares da Costa e Teixeira Duarte que estão cotadas na bolsa nacional. Se este cenário acontecer poderá ocorrer uma forte pressão vendedora destes títulos nas sessões seguintes ao dia 27 de Setembro, provocando assim a sua queda no curto-prazo.

Qualquer que seja o resultado destas eleições, eles só se iram sentir na Bolsa Nacional durante poucas sessões e de uma forma segmentada, em alguns títulos de um sector específico no curto-prazo. A nossa pequena bolsa irá continuar a acompanhar os mercados internacionais no médio e longo prazo.

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