Muitos investidores ganham interesse por acções de empresas ligadas ao petróleo, quando este se torna alvo de muitas atenções, tanto pela sua subida como pela sua descida. O interesse torna-se ainda maior quando se consegue num título uma relação não só com a empresa a que está subjacente, mas também com o preço do crude no mercado internacional. Esta torna-se assim a única maneira que muitos investidores têm de ganhar com as variações do petróleo, tanto devido à falta de conhecimentos sobre onde investir, como devido à dificuldade adicional que é investir no petróleo face ao investimento tradicional em acções. Pensar que o investimento em petróleo tem um nível de risco superior, e está subjacente ao câmbio EUR/USD, também é outro dos factores que afastam alguns investidores deste tipo de investimentos.
O Brent, que serve de referência para Portugal, atingiu os seus máximos no mês de Julho de 2008. Após isso o que se seguiu foi uma queda dos 140 dólares até aos 40 dólares em pouco mais de 6 meses. Uma queda desta dimensão fez com que o petróleo se torná-se um activo mais atraente para um tipo de investidores, enquanto que para outros o melhor seria não voltar a negociar sobre ele. Até ao dia de hoje, o Brent tem feito uma subida, calma e continuada, desde os seus mínimos em Fevereiro.
Observando o gráfico da Galp, não é imediato afirmar uma relação entre os dois activos. A Galp entre os meses de Julho e Outubro de 2008, esteve a lateralizar, "respirando" um pouco das quedas anteriores. Só durante o mês de Outubro, a empresa foi bastante castigada tal como a bolsa nacional em geral, descendo dos 10,80€ para os 6,25€. A partir de finais de Outubro a Galp começou um percurso ascendente até à presente semana, onde alguns sinais de fraqueza dos titulo foram dados.
Observando os gráficos a correlação que existe entre a Galp e o Brent não é suficiente para um investidor adquirir títulos da Galp a pensar na subida do Brent. Entre Dezembro de 2008 e Fevereiro de 2009 os títulos da Galp subiram cerca de 20%, enquanto que o Brent caiu mais de 10%.
Pensando nos fundamentais, a Galp poderá ter maiores resultados líquidos, quando o crude está em alta, mas como os fundamentais da empresa só se revelam na bolsa no longo-prazo e o preço do Brent é cíclico, esse pensamento deixa de fazer sentido. A relação que a Galp apresenta com o mercado nacional e Europeu é maior do que a que apresenta com o Brent e assim torna-se um erro adquirir títulos da Galp a pensar numa possível subida do Petróleo nos mercados internacionais.
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