quinta-feira, 12 de março de 2009

Confiança nas Energias Renováveis

Um dos sectores que tem obtido muita popularidade no seio dos investidores é as energias renováveis, mais concretamente com a EDP Renováveis na bolsa nacional. A forte dependência de combustíveis fosseis e as suas consequências a médio/longo prazo, tem ditado uma alteração no panorama energético mundial, através da introdução de estímulos à produção e utilização de fontes de energia alternativas. Este tipo de medidas tem um forte impacto na EDP Renováveis, que vê assim o seu negócio adquirindo uma maior margem de expansão e de aceitação.
Nos Estados Unidos, um dos mercados da EDPr, Barack Obama na sua campanha eleitoral prometeu um forte estimulo as empresas produtoras de energias "amigas do ambiente", de forma a conseguir duplicar a produção de energias alternativas no espaço de 3 anos. Este tipo de noticias tem influenciado a empresa liderada por Ana Maria Fernandes de uma forma muito positiva, com os analistas bastante confiantes quanto ao seu futuro, atribuindo uma recomendação "média" de "Comprar".

A EDPr torna-se assim uma das acções mais queridas dos investidores nacionais, principalmente nos investidores de longo-prazo, acreditando que é uma das cotadas com maior potencial de valorização, devido ao grande potencial de crescimento da sua área de negócio.
Mas apesar do seu grande potencial de crescimento, o mercado funciona por antecipação, estando já a descontar uma grande parte do potencial que atribuem à EDPr e ao sector das energias renováveis.

Os resultados da EDP Renováveis, revelados no fim de Fevereiro, foram uma boa surpresa, ficando acima das expectativas da maioria dos analistas. Os lucros foram de 104,4 milhões de euros e o EBITDA praticamente duplicou face ao ano de 2006.
A EDP renováveis prevê continuar com a sua forte política de crescimento, mesmo durante o período de crise internacional que se atravessa. O seu plano de expansão prevê uma continuação do alargamento do seu parque eólico, e um aumento da capacidade de produção em mais de 100% até 2012.

As cotações da EDP Renováveis nunca mostraram muito brilho aos seus accionistas. Um mau momento de entrada em bolsa por parte da empresa, ditou o destino das cotações logo de início. A empresa entrou em bolsa no inicio do mês de Junho de 2008, com um preço inicial de 8€ por acção, e no fim do mês de Outubro já tinha desvalorizado mais de 50% cotando abaixo dos 4€. Após o mínimo atingido no dia 28 de Outubro de 2008, de 3,43€, a empresa registou uma forte subida até ao inicio do passado mês de Janeiro, registando uma valorização superior a 70% durante esse período.

Tecnicamente as cotações da EDP Renováveis romperam a resistência dos 5,25€, estando esta a funcionar como suporte para o período de lateralização que já vem desde o inicio do ano, com a acção a negociar entre os 5,25€ e os 6€ durante este período. Uma quebra destes valores poderá levar a EDPr a novos fortes movimentos na cotação.

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